Agência Panafricana de Notícias

Microsoft sugere métodos para combater cibercriminalidade em África

Ouagadougou- Burkina Faso (PANA) -- O presidente da Microsoft África, Cheikh Modibo Diarra, propôs, quinta-feira, o reforço "de todos os tipos de cooperação entre os Estados" como uma das medidas para combater cibercriminalidade no continente.
Modibo Diarra falava na capital burkinabe, Ouagadougou, por ocasião dum Fórum Panafricano sobre as Melhores Práticas das TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).
Segundo ele, as outras medidas são a cooperação de indústria a indústria e de Governo a indústria bem como a aplicação de métodos provados de gestão de investimentos ligados à segurança.
Preconizou igualmente a instauração de legislações obrigatórias para perseguir os criminosos, interrogá-los, julgá-los e, se for o caso, puní-los.
Diarra disse acreditar que este conjunto de medidas vai permitir proteger tudo o que há como infraestruturas para que África possa resolver este problema.
Astrofísico maliano que trabalhou na Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) dos Estados Unidos, Diarra indicou que a criminalidade está a aumentar no continente africano, constituíndo assim uma grave ameaça e um risco real à riqueza sobretudo para os países em via de desenvolvimento.
Segundo ele, a cibercriminalidade não quer dizer só um atentado aos programas, mas que ela abrange igualmente as infraestruturas.
Ele indicou que à medida que os volumes de utilização da Internet aumentam no mundo, os elementos criminosos tornam-se cada vez mais sofisticados.
"O desenvolvimento das infraestruturas das TIC em África é o principal aspeto na aceleração do desenvolvimento socioeconómico do continente", frisou o responsável da Microsoft em África.
"Em África, estamos no início duma pontuação real desta tecnologia na nossa maneira de fazer, e esta cibercriminalidade não deve desencorajar a nossa vontade de bem fazer", acrescentou.
Estatísticas publicadas em Ouagadougou mostram que, de 10 milhões de utilizadores das TIC em 2000, África passou para 400 milhões hoje, com uma cobertura de 90 porcento da população urbana do continente.
A importância parque Internet, a existência de modelos de inovação e uma partilha das infraestruturas entre os operadores contribuiram para esta progressão, segundo as mesmas fontes.
Enquanto isso, mais de 650 mil sistemas estão infetados no mundo e dos quais metade está nos países em via de desenvolvimento.