PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Metade de alunos e 1/5 de professores vítimas de violência em Cabo Verde
Praia, Cabo Verde (PANA) – Quase metade dos estudantes (44,9%) e um quinto dos professores (21,9%) em Cabo Verde já foram vítimas, em algum momento, de violência na escola, revela um estudo elaborado pela Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e divulgado no último fim de semana, na cidade da Praia.
O estudo contou com a participação de dois mil e 804 alunos do sétimo ao 12º ano de escolaridade que frequentam 12 escolas públicas e semipúblicas cabo-verdianas, bem como 566 docentes.
Também mais de um quarto (26,9%) dos estudantes assumiu ter praticado atos de violência, sendo que a investigação identificou os corredores, as placas desportivas e os pátios como os locais onde ocorre mais violência.
Quando questionados sobre quem são as vítimas preferenciais da violência, os rapazes consideram que são eles, enquanto que as raparigas, por seu lado, elegem as colegas do mesmo sexo como as maiores vítimas.
No entanto, os docentes acreditam que tanto os rapazes como as raparigas são vítimas de atos violentos nas escolas.
Em relação aos professores, os alunos (rapazes e raparigas) consideram que são as docentes as vítimas preferenciais, opinião também compartilhada tanto pelos professores e pelas professoras.
No que se refere às causas e fatores que impulsionam os atos de violência, 76 porcento dos estudantes assume que a origem está nos alunos, motivados pela falta de interesse na matéria e comportamento dos educandos.
Igualmente, a maioria dos professores (79,8%) atribui a violência fora da sala de aula aos comportamentos dos alunos.
No entanto, a maioria dos estudantes considera que a escola onde estudam é segura (65,5%), enquanto 83,1 porcento dos professores também tem essa ideia.
Ao avaliar o conhecimento dos alunos e professores sobre vários tipos de violência (física, psicológica, patrimonial, sexual e cibernética), o inquérito apurou que 13,3 porcento dos rapazes e 12 porcento das raparigas considera que estes não são violência.
Um quinto (20,4%) dos rapazes e 23 porcento das raparigas não considera que estragar o equipamento e material escolar seja um ato de violência, enquanto 15,5 porcento dos alunos e 14 porcento das alunas não classifica de violência insultar ou ser insultado.
Realizado pela Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes e pelo Centro de Investigação em Género e Família da Uni-CV, o estudo foi patrocinado pelas Nações Unidas e pelo Ministério da Educação que prepara um plano nacional de intervenção e combate à violência no meio escolar.
O estudo sobre a violência no meio escolar em Cabo Verde recomenda ainda o reforço da formação em matéria de mediação e resolução de conflitos para dar combate ao fenómeno.
-0- PANA CS/IZ 10dez2018
O estudo contou com a participação de dois mil e 804 alunos do sétimo ao 12º ano de escolaridade que frequentam 12 escolas públicas e semipúblicas cabo-verdianas, bem como 566 docentes.
Também mais de um quarto (26,9%) dos estudantes assumiu ter praticado atos de violência, sendo que a investigação identificou os corredores, as placas desportivas e os pátios como os locais onde ocorre mais violência.
Quando questionados sobre quem são as vítimas preferenciais da violência, os rapazes consideram que são eles, enquanto que as raparigas, por seu lado, elegem as colegas do mesmo sexo como as maiores vítimas.
No entanto, os docentes acreditam que tanto os rapazes como as raparigas são vítimas de atos violentos nas escolas.
Em relação aos professores, os alunos (rapazes e raparigas) consideram que são as docentes as vítimas preferenciais, opinião também compartilhada tanto pelos professores e pelas professoras.
No que se refere às causas e fatores que impulsionam os atos de violência, 76 porcento dos estudantes assume que a origem está nos alunos, motivados pela falta de interesse na matéria e comportamento dos educandos.
Igualmente, a maioria dos professores (79,8%) atribui a violência fora da sala de aula aos comportamentos dos alunos.
No entanto, a maioria dos estudantes considera que a escola onde estudam é segura (65,5%), enquanto 83,1 porcento dos professores também tem essa ideia.
Ao avaliar o conhecimento dos alunos e professores sobre vários tipos de violência (física, psicológica, patrimonial, sexual e cibernética), o inquérito apurou que 13,3 porcento dos rapazes e 12 porcento das raparigas considera que estes não são violência.
Um quinto (20,4%) dos rapazes e 23 porcento das raparigas não considera que estragar o equipamento e material escolar seja um ato de violência, enquanto 15,5 porcento dos alunos e 14 porcento das alunas não classifica de violência insultar ou ser insultado.
Realizado pela Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes e pelo Centro de Investigação em Género e Família da Uni-CV, o estudo foi patrocinado pelas Nações Unidas e pelo Ministério da Educação que prepara um plano nacional de intervenção e combate à violência no meio escolar.
O estudo sobre a violência no meio escolar em Cabo Verde recomenda ainda o reforço da formação em matéria de mediação e resolução de conflitos para dar combate ao fenómeno.
-0- PANA CS/IZ 10dez2018