PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Metade da superfície de África ameaçada pela desertificação
Túnis- Tunísia (PANA) -- A desertificação e a perda de terras agrícolas ameaçam cerca de 46 por cento da superfície total do continente africano que alberga menos de 485 milhões de habitantes, preveniu esta semana o ministro tunisino do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Nadhir Hamada.
Numa intervenção diante do Conselho de Administração do Observatório do Sara e Sahel (OSS) que realizava a sua 12ª sessão em Túnis, Hamada, que preside ao OSS, disse que este fenómeno "deverá intensificar-se cada vez mais durante os próximos 30 anos".
Esta reunião, realizada na presença de representantes de 22 países africanos membros e de organizações regionais, permitiu no essencial avaliar o relatório financeiro e técnico das actividades do OSS para 2008 e examinar as principais linhas da estratégia futura da organização.
Nesta perspectiva, ele pediu mais esforços para preservar, valorizar e optimizar a exploração dos recursos naturais no continente.
No que diz respeito à superfície vegetal florestal que cobre actualmente mais de 22 por cento da superfície do continente, ele notou que os últimos relatórios elaborados sobre este tema mostram, desde 1986, uma degradação de 10 por cento destes espaços, uma taxa considerada entre as mais elevadas à escala internacional.
Ele sugeriu o aprofundar da reflexão sobre os mecanismos a instalar para fazer face a estes desafios e a elaboração de orientações africanas comuns em matéria de aplicação dos diferentes acordos internacionais.
Segundo ele, o último objectivo é consagrar o princípio da solidariedade internacional, e isto, em conformidade com as recomendações da conferência sobre a solidariedade internacional para uma estratégia face às mudanças climáticas nas regiões africana e mediterrânica, realizada em 2007, em Túnis.
O governante tunisino considerou que a estratégia do OSS até 2020 constitui um quadro apropriado para reforçar a coordenação entre os países interessados, realizar os objectivos prioritários para o continente africano, definir as políticas regionais para a etapa pós- Quioto (2012) e aplicar o plano estratégico decenal de 2008 a 2018 no quadro da Convenção das Nações Unidas sobre a Luta contra a Desertificação.
Segundo Hamada, o financiamento dos programas e dos projectos do OSS figura entre as questões prioritárias durante o próximo período tendo em conta os desafios relativos às mudanças climáticas.
Por seu turno, o secretário executivo do OSS, Youba Sakona, indicou que a estratégia prevista para 2020 considerará os resultados da estratégia de 2010 e será orientada para questões relativas à diversidade biológica, à alimentação e à emigração.
O encontro de Túnis permitiu passar em revista os programas e projectos realizados pelo Observatório, nomeadamente, nos domínios da luta contra a desertificação, a agenda 21, a diversidade biológica, as mudanças climáticas e as iniciativas africanas e internacionais para a realização do desenvolvimento sustentável em África, a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) e o desenvolvimento da parceria Norte-Sul.
O OSS, sediado e Túnis, opera no quadro duma rede de cooperação que agrupa 22 países africanos membros, cinco países europeus e quatro organizações regionais da África Central, Oriental, Setentrional e Ocidental, bem como organismos onusinos e da sociedade civil.
Numa intervenção diante do Conselho de Administração do Observatório do Sara e Sahel (OSS) que realizava a sua 12ª sessão em Túnis, Hamada, que preside ao OSS, disse que este fenómeno "deverá intensificar-se cada vez mais durante os próximos 30 anos".
Esta reunião, realizada na presença de representantes de 22 países africanos membros e de organizações regionais, permitiu no essencial avaliar o relatório financeiro e técnico das actividades do OSS para 2008 e examinar as principais linhas da estratégia futura da organização.
Nesta perspectiva, ele pediu mais esforços para preservar, valorizar e optimizar a exploração dos recursos naturais no continente.
No que diz respeito à superfície vegetal florestal que cobre actualmente mais de 22 por cento da superfície do continente, ele notou que os últimos relatórios elaborados sobre este tema mostram, desde 1986, uma degradação de 10 por cento destes espaços, uma taxa considerada entre as mais elevadas à escala internacional.
Ele sugeriu o aprofundar da reflexão sobre os mecanismos a instalar para fazer face a estes desafios e a elaboração de orientações africanas comuns em matéria de aplicação dos diferentes acordos internacionais.
Segundo ele, o último objectivo é consagrar o princípio da solidariedade internacional, e isto, em conformidade com as recomendações da conferência sobre a solidariedade internacional para uma estratégia face às mudanças climáticas nas regiões africana e mediterrânica, realizada em 2007, em Túnis.
O governante tunisino considerou que a estratégia do OSS até 2020 constitui um quadro apropriado para reforçar a coordenação entre os países interessados, realizar os objectivos prioritários para o continente africano, definir as políticas regionais para a etapa pós- Quioto (2012) e aplicar o plano estratégico decenal de 2008 a 2018 no quadro da Convenção das Nações Unidas sobre a Luta contra a Desertificação.
Segundo Hamada, o financiamento dos programas e dos projectos do OSS figura entre as questões prioritárias durante o próximo período tendo em conta os desafios relativos às mudanças climáticas.
Por seu turno, o secretário executivo do OSS, Youba Sakona, indicou que a estratégia prevista para 2020 considerará os resultados da estratégia de 2010 e será orientada para questões relativas à diversidade biológica, à alimentação e à emigração.
O encontro de Túnis permitiu passar em revista os programas e projectos realizados pelo Observatório, nomeadamente, nos domínios da luta contra a desertificação, a agenda 21, a diversidade biológica, as mudanças climáticas e as iniciativas africanas e internacionais para a realização do desenvolvimento sustentável em África, a concretização dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM), a Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) e o desenvolvimento da parceria Norte-Sul.
O OSS, sediado e Túnis, opera no quadro duma rede de cooperação que agrupa 22 países africanos membros, cinco países europeus e quatro organizações regionais da África Central, Oriental, Setentrional e Ocidental, bem como organismos onusinos e da sociedade civil.