Meninas continuam a ser vítimas de mutilação genital na Gâmbia, alerta CNDH

Banjul, Gâmbia (PANA) - Muitas meninas gambianas continuam a enfrentar a Mutilação Genital Feminina (MGF) e o casamento infantil, apesar de uma lei que os proíbe, denunciou a Comissão Nacional dos Direitos Humanos.

"Na Gâmbia, não é só oportuno mas também crucial concentrar-se nas raparigas adolescentes. Por exemplo, muitos casos de violação, de abusos sexuais, e outras formas de violência baseadas no género foram relatados no ano de 2020", disse o CNDH num relatório enviado à PANA.

"Além disso, apesar da proibição legal da MGF e do casamento infantil, muitas raparigas ainda enfrentam estas práticas e outras formas de discriminação, de violência e de exploração nas suas comunidades. As contínuas violações de direitos, abusos, discriminação e violência a que fazem face as meninas adolescentes constam das conclusões das Nações Unidas (ONU) segundo as quais, apesar dos progressos significativos alcançados ao longo dos anos, muitos compromissos assumidos com meninas não estão a ser cumpridos", lamentou a Comissão num comunicado.

-0- PANA AKA/IS/SOC/DIM/DD 14outubro2020