Agência Panafricana de Notícias

Medianeiro pede consenso para presidenciais de domingo no Benin

Cotonou, Benin (PANA) – O medianeiro na crise pré-eleitoral no Benin, Emile Derlin Zinsou, instou segunda-feira à noite os seus compatriotas a manterem o consenso com vista a eleições presidenciais pacíficas.

Zinsou, ex-Presidente beninense de 1968-1969, lançou este apelo na sequência da promulgação, a 4 de março, duma "lei especial" que deve permitir o recenseamento dos pessoas omitidas da lista eleitoral.

"Eu desejo que cada um no seu setor faça tudo o que estiver no seu alcance a fim de que as eleições decorram a 13 de março próximo em paz », disse o ex-estadistra beninense numa declaração à imprensa.

Ele insistiu nessa ocasião na necessidade de "preservar o consenso e a paz social para além das clivagens".

« Que cada um se ponha a corrigir, retificar, completar a lista eleitoral e que tudo decorra em melhores condições possíveis », concluiu Zinsou.

O Benin está confrontado com uma crise pré-eleitoral devida a múltiplas faltas ligadas ao atraso na feitura da Lista Eleitoral Permanente Informatizada e na instalação da Comissão Eleitoral Nacional Autónoma (CENA), estrutura encarregue da organização do escrutínio.

Para gerir esta crise, foi instalado, sob a égide dos ex-Presidentes Emile Darlin Zinsou e Nicéphore Soglo (1991 a 1996), um comité de seis personalidades que integra partidos da maioria, da oposição e representantes de várias estruturas envolvidas na organização do processo eleitoral.

Este comité exigiu uma auditoria da LEPI a fim de corrigir, o mais cedo possível, lacunas desta lista a fim de permitir a todos os cidadãos em idade de votar e desejaosos de o fazer exercerem este direito constitucional.

A primeira volta das eleições presidenciais no Benin, inicialmente prevista para domingo último 6 de março, foi adiada para 13 do mesmo mês, a pedido da CENA, que pediu um prazo de uma semana com vista a resolver problemas ligados à distribuição dos cartões de eleitor e à localização das assembleias de voto.

O Presidente cessante, Boni Yayi, que disputa um segundo mandato de cinco anos à frente do país, opor-se-á a 12 outros candidatos.

-0- PANA IT/JSG/FK/DD 08Março2011