PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mediador da UA exclui Governo de união na Côte d'Ivoire
Luanda, Angola (PANA) - O medianeiro da União Africana (UA) na crise pós-eleitoral na Côte d'Ivoire, o primeiro-ministro queniano Raila Odinga, excluiu a partilha do poder entre o Presidente ivoiriense cessante, Laurent Gbagbo, e o seu opositor, Alassane Ouattara, tal como aconteceu no Quénia e no Zimbabwe.
“A solução encontrada para as crises verificadas no Zimbabwe e no Quénia (Governo de união) não se enquadra no caso da Côte d’ Ivoire”, declarou Raila Odinga quinta-feira em Luanda à imprensa após uma audiência com o Presidente José Eduardo dos Santos, que recebeu recentemente o seu homólogo beninense, Yayi Boni, e o representante especial do Secretário-Geral da ONU para a África Ocidental, o Argelino Said Djinnit, para analisar a crise ivoiriense.
Raila Odinga, que veio a Angola no quadro duma digressão que já o levou a vários países da África Ocidental para informar sobre a sua mediação, afirmou que a UA defende uma solução pacífica e negociada para a crise pós-eleitoral na Côte d'Ivoire.
“Defendemos uma solução negociada que satisfaça os anseios do povo da Côte d’Ivoire e acreditamos que há possibilidades para o diálogo e busca de uma solução pacifica”, disse o primeiro-ministro queniano, cuja mediação foi rejeitada pelo campo de Laurent Gbagbo que o acusa de parcialidade.
Afirmou que a UA e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) apoiam os esforços tendentes a uma solução pacífica para a crise, mas admitiu o recurso à força legítima como último recurso.
O mediador da UA concordou com a posição de Angola de encorajar e apoiar o diálogo e a negociação na Côte d'Ivoire, na medida em que uma intervenção militar defendida pela CEDEAO teria um efeito perverso.
Adiantou que durante o encontro com o Presidente José Eduardo dos Santos foram apontadas diferentes hipóteses para o problema, com exceção da repetição da segunda volta das eleições presidenciais.
Defendeu o início imediato de negociações entre as duas partes, visando a resolução da crise por meio de intervenientes africanos e sem interferência externa.
À semelhança de Angola, Raila Odinga considera que os problemas da Côte d’ Ivoire devem ser resolvidos pelos Ivorienses e pela União Africana. “Os problemas são africanos e devem ser resolvidos por africanos”.
O medianeiro da UA considerou que a crise na Côte d'Ivoire constitui um desafio para o processo de democratização de África, visto que no próximo ano 17 países vão realizar eleições no continente e a sua resolução poderá servir de exemplo positivo.
Raila Odinga esteve pela segunda vez esta semana em Abidjan e a sua missão culminou num fracasso depois de se reunir com Laurent Gbagbo e Alassane Ouattara, declarado vencedor da segunda volta do escrutínio presidencial de 28 de novembro último pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) e reconhecido como o Presidente legítimo pela quase totalidade da comunidade internacional.
Um comunicado publicado quarta-feira pelo mediador da UA indica que não houve nenhum progresso durante as discussões aprofundadas que manteve com os dois candidatos à presidência na Côte d'Ivoire.
-0- PANA TON/TON 21jan2011
“A solução encontrada para as crises verificadas no Zimbabwe e no Quénia (Governo de união) não se enquadra no caso da Côte d’ Ivoire”, declarou Raila Odinga quinta-feira em Luanda à imprensa após uma audiência com o Presidente José Eduardo dos Santos, que recebeu recentemente o seu homólogo beninense, Yayi Boni, e o representante especial do Secretário-Geral da ONU para a África Ocidental, o Argelino Said Djinnit, para analisar a crise ivoiriense.
Raila Odinga, que veio a Angola no quadro duma digressão que já o levou a vários países da África Ocidental para informar sobre a sua mediação, afirmou que a UA defende uma solução pacífica e negociada para a crise pós-eleitoral na Côte d'Ivoire.
“Defendemos uma solução negociada que satisfaça os anseios do povo da Côte d’Ivoire e acreditamos que há possibilidades para o diálogo e busca de uma solução pacifica”, disse o primeiro-ministro queniano, cuja mediação foi rejeitada pelo campo de Laurent Gbagbo que o acusa de parcialidade.
Afirmou que a UA e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) apoiam os esforços tendentes a uma solução pacífica para a crise, mas admitiu o recurso à força legítima como último recurso.
O mediador da UA concordou com a posição de Angola de encorajar e apoiar o diálogo e a negociação na Côte d'Ivoire, na medida em que uma intervenção militar defendida pela CEDEAO teria um efeito perverso.
Adiantou que durante o encontro com o Presidente José Eduardo dos Santos foram apontadas diferentes hipóteses para o problema, com exceção da repetição da segunda volta das eleições presidenciais.
Defendeu o início imediato de negociações entre as duas partes, visando a resolução da crise por meio de intervenientes africanos e sem interferência externa.
À semelhança de Angola, Raila Odinga considera que os problemas da Côte d’ Ivoire devem ser resolvidos pelos Ivorienses e pela União Africana. “Os problemas são africanos e devem ser resolvidos por africanos”.
O medianeiro da UA considerou que a crise na Côte d'Ivoire constitui um desafio para o processo de democratização de África, visto que no próximo ano 17 países vão realizar eleições no continente e a sua resolução poderá servir de exemplo positivo.
Raila Odinga esteve pela segunda vez esta semana em Abidjan e a sua missão culminou num fracasso depois de se reunir com Laurent Gbagbo e Alassane Ouattara, declarado vencedor da segunda volta do escrutínio presidencial de 28 de novembro último pela Comissão Eleitoral Independente (CEI) e reconhecido como o Presidente legítimo pela quase totalidade da comunidade internacional.
Um comunicado publicado quarta-feira pelo mediador da UA indica que não houve nenhum progresso durante as discussões aprofundadas que manteve com os dois candidatos à presidência na Côte d'Ivoire.
-0- PANA TON/TON 21jan2011