PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mauritano detido por apostasia
Nouakchott, Mauritânia (PANA) – O cidadão mauritano Cheikh Ould Mohamed M’Kheitir, de 28 anos de idade, foi colocado em detenção preventiva por escritos julgados “blasfematórios” contra o profeta do Islão (Maomé), divulgados pelos sites eletrónicos nacionais antes serem retirados, soube a PANA de fontes judiciais.
Detido na cadeia do Tribunal de Nouadhibou, a 465 quilómetros a norte de Nouakchott (a capital), ele deverá responder pelo crime de « apostasia ».
Esta infração, que consiste numa renúncia à religião muçulmana, está prevista e punida com a pena capital e o confisco dos bens pelo artigo 306 do Código Penal mauritano.
Os escritos de Cheikh Ould Mohamed criticavam alguns aspetos da sociedade mauritana que remontam à época do profeta Maomé.
Eles denunciavam, nomeadamente, a divisão « hierárquica » da arquitetura social que coloca « na última posição os ferreiros », casta à qual ele pertence.
Cheikh Ould Mohamed, que trabalha numa empresa mineira do local, já teria sido objeto dum despedimento após os seus escritos.
A pena que pune a apostasia é imediatamente anulada pelo arrependimento do indivíduo.
A pena de morte, ainda mantida no Código Penal mauritano, foi pronunciada contra os líderes locais da ala da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), declarados culpados do rapto e do assassinato de turistas franceses entre 2007 e 2010.
No entanto, esta sentença não é executada desde 5 de dezembro de 1987, quando três oficiais negroafricanos foram abatidos com armas na sequência duma conspiração visando destituir o regime de Maouya Ould Sid’ Ahmed Taya.
-0- PANA SAS/JSG/FK/IZ 7jan2014
Detido na cadeia do Tribunal de Nouadhibou, a 465 quilómetros a norte de Nouakchott (a capital), ele deverá responder pelo crime de « apostasia ».
Esta infração, que consiste numa renúncia à religião muçulmana, está prevista e punida com a pena capital e o confisco dos bens pelo artigo 306 do Código Penal mauritano.
Os escritos de Cheikh Ould Mohamed criticavam alguns aspetos da sociedade mauritana que remontam à época do profeta Maomé.
Eles denunciavam, nomeadamente, a divisão « hierárquica » da arquitetura social que coloca « na última posição os ferreiros », casta à qual ele pertence.
Cheikh Ould Mohamed, que trabalha numa empresa mineira do local, já teria sido objeto dum despedimento após os seus escritos.
A pena que pune a apostasia é imediatamente anulada pelo arrependimento do indivíduo.
A pena de morte, ainda mantida no Código Penal mauritano, foi pronunciada contra os líderes locais da ala da Al Qaeda no Magrebe Islâmico (AQMI), declarados culpados do rapto e do assassinato de turistas franceses entre 2007 e 2010.
No entanto, esta sentença não é executada desde 5 de dezembro de 1987, quando três oficiais negroafricanos foram abatidos com armas na sequência duma conspiração visando destituir o regime de Maouya Ould Sid’ Ahmed Taya.
-0- PANA SAS/JSG/FK/IZ 7jan2014
