Nouakchott, Mauritânia (PANA) - O mercado mauritano de frutas e legumes está a sofrer graves perturbações, nomeadamente uma grande escassez e uma subida acentuada dos preços registados segunda-feira, observou a PANA.
A Mauritânia abastece-se com fruta e legumes, vindos essencialmente de Marrocos, graças a um grande tráfico de transportadores de grande porte, que beneficia também a zona da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
Cenouras, repolhos, pimentos e tomates vendem-se, presentemente três, quatro até cinco vezes mais do que a média habitual.
Esta situação é um enorme golpe para a cesta básica, no contexto de um ano de crise sanitária, económica e social, causada pela pandemia do coronavírus (covid-19).
Por exemplo, o preço dum quilo de tomate fresco passou de 300 ouguiyas (0,8 dólares americanos) para mil 500 ouguiyas ( quatro dólares americanos).
Esta situação deve-se a perturbações no posto fronteiriço de Guergarate (a 55 quilómetros a norte da cidade de Nouadhibou e 500 quilómetros a norte de Nouakchott), na sequência duma clima de tensão entre Marrocos e Polisario, sendo este último um movimento saraui que contesta a soberania do primeiro sobre o Sara Ocidental, desde 1975.
-0- PANA SAS/IS/SOC/DIM/DD 27outubro2020