Maurícias e Moçambique realizam 1ª sessão da Comissão Mista de Cooperação
Port-Louis, ilhas Maurícias (PANA) – As ilhas Maurícias e Moçambique vão organizar de 8 e 9 de agosto corente, na capital maurícia, a primeira sessão da sua Comissão Permanente Mista de Cooperação com o objetivo de consolidar as relações bilaterais entre os dois países.
Um responsável governamental maurício declarou que os objetivos da comissão eram igualmente finalizar e assinar acordos entre as Maurícias e Moçambique e continuar as discussões sobre os casos pendentes.
Segundo ele, a reunião vai encorajar a cooperação em setores como a agricultura, o comércio, a pesca, a educação, a pesquisa, a cultura, a energia, a saúde e a facilitação dos negócios.
As ilhas Maurícias e Moçambique assinaram três protocolos de acordo durante a visita de Estado efetuada as Maurícias, em janeiro de 2019, pelo Presidente de Moçambique, Filipe Jacinto Nyusi, para renovar o seu firme engajamento em reforçar os laços bilaterais e económicos que existem e reforçar o compromisso em África.
Os protocolos abrangem a cooperação do ambiente e a conservação dos recursos naturais, a promoção dos dois países enquanto destinos turísticos atrativos e o reforço do comércio e investimentos nos dois países.
Este encontro realiza-se alguns dias depois da cerimónia de assinatura do acordo para a reconciliação e a paz entre o Governo de Moçambique e a Renamo, a principal formação política de oposição em Moçambique, que entre outras individualidades contou com a presença do Presidente do Rwanda, Paul Kagamé, que chegou terça-feira a Maputo, a capital moçambicana.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, e o chefe da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), Ossufo Momade, assinaram quinta-feira passada um acordo para pôr termo às hostilidades na localidade de Gorongosa, na província central de Sofala, opondo as forças governamentais e a vertente armada da Renamo.
Este acordo é o terceiro assinado entre o Governo da Frente para a Libertação Moçambicana (FRELIMO) e a Renamo, depois da assinatura em 1992 do acordo geral para a paz em Roma (Itália) e de o de 2014 para a cessação das hostilidades depois duma nova onda de confrontos entre as duas partes.
O líder da ala armada da Renamo que não está em bom relacionamento com a direção do partido, recusou-se a depor as armas em virtude deste acordo com o Governo que põe termo às hostilidades, sem a eleição prévia de um novo dirigente para o partido.
« É apenas depois de ter eleito um novo presidente para o partido, que vamos depositar as armas”, declarou Mariano Nhongo, o líder da ala aramda da Renamo, num comunicado divulgado pela imprensa local em início desta semana.
-0- PANA NA/VAO/ASA/TBM/SOC/MAR/IZ 08ago2019