Agência Panafricana de Notícias

Maurícias acolhem 12º Colóquio HIV/Sida-Oceano Índico

Balaclava, Maurícias (PANA) – Peritos internacionais em matéria do HIV/Sida estão reunidos desde quarta-feira nas ilhas Maurícias para partilhar os seus conhecimentos sobre os recentes progressos, e permitir ao pessoal dos serviços de saúde da região beneficiar de uma formação contínua na luta contra esta doença, constatou a PANA no local.

Dirigindo-se aos delegados, em Balaclava, no norte da ilha, o ministro da Saúde, Lormus Bundhoo, indicou que a prevalência do HIV/Sida nas Maurícias se estima em 1,02 porcento entre os maiores de 15 anos em 2013.

O número total de casos notificados de 1987 a setembro de 2013 nas Maurícias é de cinco mil 696 dos quais 710 foram mortais.

"Esta epidemia registou um aumento exponencial de 2003 a 2005 com uma grande maioria de casos registados entre os utentes de drogas por via intravenosa", disse.

Segundo o ministro, o Governo maurício criou um largo programa de redução dos riscos em 2006.

"Apesar dos constrangimentos, criamos um tratamento de substituição pela metadona, bem como um programa de troca de seringas a favor dos consumidores de drogas por via intravenosa. Hoje, não há dúvida que estas medidas deram-nos razão", congratulou-se.

O ministro disse constatar uma baixa regular e significativa de novos casos de HIV detetados, que passaram de 401 em 2011 para 321 em 2012, contra a média de 540 casos anuais nos últimos seis anos e um pico de 925 casos em 2005.

Segundo ele, a luta contra esta doença precisa de ter um novo incentivo.

"Temos de procurar meios e estratégias novos para combater com eficiência esta infeção", indicou.

Nas Maurícias, os cuidados de saúde para as pessoas quem vivem com o HIV são descentralizados, e o pessoal de saúde esta em formação contínua e criou-se um programa de prevenção visando a eliminação da transmissão do HIV da mãe para a criança.

As crianças atingidas pela doença são seguidas pelos pediatas formados, e efetua-se uma despistagem do cancro do colo para as mulheres portadoras do HIV, enquanto a co-infeção com a tuberculose e as hepatites é controlada, a prevenção secundária reforçada nos casais serodiferentes uma campanha de despistagem é levada a cabo nos lugares públicos.

-0- PANA NA/JSG/CJB/IZ 13nov2013.