PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mau presságio agrícola em Cabo Verde para campanha 2014-2015
Praia, Cabo Verde (PANA) – Os resultados da campanha agrícola 2014-2015 em Cabo Verde serão “negativos”, uma vez que a produção do milho e de feijão será muito inferior à do ano de 2013.
Estas conclusões foram feitas por uma missão conjunta de avaliação agrícola, conduzida por técnicos do Comité Permanente Interrestatal de Luta contra a Seca no Sahel (CILSS) em Cabo Verde, apurou a PANA neste fim de semana de fonte oficial.
Também colaboraram nesta empreitada a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Governo de Cabo Verde, de acordo com a fonte.
A missão do CILSS tem como objetivo ajudar os países membros na validação dos dados agrícolas e na recolha de informações adicionais para o estabelecimento de balanços no âmbito da produção de cereais e do equilíbrio alimentar, bem como avaliar a situação alimentar no Sahel e na África Ocidental, de um modo geral.
Em declarações à imprensa, após se ter reunido com a missão, a ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, revelou que foi feita uma avaliação de produção agrícola "muitíssimo abaixo" em relação à do ano de 2013.
Na ocasião, deu-se ênfase ao feijão, cuja produção rondou as 650 toneladas em 2014, quando no ano transato a produção atingiu sete mil toneladas, ao passo que a de milho se cifrou em mil toneladas contra cinco mil do ano anterior.
Eva Ortet disse ainda que, perante esta situação, a equipa que esteve no terreno a fazer a avaliação, teve também a preocupação de fazer um balanço da situação alimentar em relação à disponibilidade dos estoques existentes no país de alimentos mais consumidos pela população.
A governante revelou que os dados recolhidos mostram que existe a disponibilidade do milho para o consumo para mais de nove meses, de arroz para mais de seis meses e de trigo para três meses.
“Em termos de disponibilidade alimentar, de momento, não há muito problema, mas temos de estar preparados”, disse Eva Ortet.
Anotou que a Agência de Regulação de Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) vai ter de trabalhar no sentido de seguir de muito perto toda a questão de importação de alimentos por forma “a que ao nível do mercado nacional não haja rotura de estoques”.
A governante sublinhou também que a missão deixa recomendações que já estão a ser implementadas com o plano B do Governo, no sentido de se "salvaguardar os gados", uma vez que, frisou, também, em termos de pasto assim como de água, o ano vai ser fraco.
A ministra do Desenvolvimento Rural anotou que esta situação demonstra que a política para a produção de sequeiro não deve ter um forte engajamento por parte do Governo, uma vez que, disse, pode chover ou não.
“Nós temos vindo a privilegiar a agricultura irrigada, visto que este setor não depende do regime pluviométrico que temos em Cabo Verde”, justificou.
Entretanto, Eva Ortet admite que, se não chover mais este ano, vai haver uma diminuição que se espera temporária, sobretudo nas áreas de regadio, mesmo com o recurso às reservas das águas subterrâneas e das barragens.
"Por isso, temos que fazer com que a água chegue a todos, pelo que os agricultores terão de utilizar a rega através do sistema gota-a-gota, para não haver diminuição de produção", frisou a governante garantindo também que o plano do Governo prevê a criação de postos de trabalho em microrealizações, sobretudo nas zonas onde as famílias estão em risco de segurança alimentar.
-0- PANA CS/DD 01nov2014
Estas conclusões foram feitas por uma missão conjunta de avaliação agrícola, conduzida por técnicos do Comité Permanente Interrestatal de Luta contra a Seca no Sahel (CILSS) em Cabo Verde, apurou a PANA neste fim de semana de fonte oficial.
Também colaboraram nesta empreitada a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e o Programa Alimentar Mundial (PAM) e o Governo de Cabo Verde, de acordo com a fonte.
A missão do CILSS tem como objetivo ajudar os países membros na validação dos dados agrícolas e na recolha de informações adicionais para o estabelecimento de balanços no âmbito da produção de cereais e do equilíbrio alimentar, bem como avaliar a situação alimentar no Sahel e na África Ocidental, de um modo geral.
Em declarações à imprensa, após se ter reunido com a missão, a ministra cabo-verdiana do Desenvolvimento Rural, Eva Ortet, revelou que foi feita uma avaliação de produção agrícola "muitíssimo abaixo" em relação à do ano de 2013.
Na ocasião, deu-se ênfase ao feijão, cuja produção rondou as 650 toneladas em 2014, quando no ano transato a produção atingiu sete mil toneladas, ao passo que a de milho se cifrou em mil toneladas contra cinco mil do ano anterior.
Eva Ortet disse ainda que, perante esta situação, a equipa que esteve no terreno a fazer a avaliação, teve também a preocupação de fazer um balanço da situação alimentar em relação à disponibilidade dos estoques existentes no país de alimentos mais consumidos pela população.
A governante revelou que os dados recolhidos mostram que existe a disponibilidade do milho para o consumo para mais de nove meses, de arroz para mais de seis meses e de trigo para três meses.
“Em termos de disponibilidade alimentar, de momento, não há muito problema, mas temos de estar preparados”, disse Eva Ortet.
Anotou que a Agência de Regulação de Produtos Farmacêuticos e Alimentares (ARFA) vai ter de trabalhar no sentido de seguir de muito perto toda a questão de importação de alimentos por forma “a que ao nível do mercado nacional não haja rotura de estoques”.
A governante sublinhou também que a missão deixa recomendações que já estão a ser implementadas com o plano B do Governo, no sentido de se "salvaguardar os gados", uma vez que, frisou, também, em termos de pasto assim como de água, o ano vai ser fraco.
A ministra do Desenvolvimento Rural anotou que esta situação demonstra que a política para a produção de sequeiro não deve ter um forte engajamento por parte do Governo, uma vez que, disse, pode chover ou não.
“Nós temos vindo a privilegiar a agricultura irrigada, visto que este setor não depende do regime pluviométrico que temos em Cabo Verde”, justificou.
Entretanto, Eva Ortet admite que, se não chover mais este ano, vai haver uma diminuição que se espera temporária, sobretudo nas áreas de regadio, mesmo com o recurso às reservas das águas subterrâneas e das barragens.
"Por isso, temos que fazer com que a água chegue a todos, pelo que os agricultores terão de utilizar a rega através do sistema gota-a-gota, para não haver diminuição de produção", frisou a governante garantindo também que o plano do Governo prevê a criação de postos de trabalho em microrealizações, sobretudo nas zonas onde as famílias estão em risco de segurança alimentar.
-0- PANA CS/DD 01nov2014