Agência Panafricana de Notícias

Mau estado de saúde evita prisão a ex-Presidente egípcio Hosni Mubarak

Cairo, Egito (PANA) – O procurador-geral do Egipto declarou que o processo médico do ex-Presidente Hosni Mubarak indicava que este não podia ser encarcerado.

Mubarak, atualmente vigiado num hospital de Charm el Cheikh, devia ser transferido para a prisão de Tora, na capital egípcia, Cairo.

Os jovens que desencadearam a revolução que derrubou Mubarak consideram por seu turno que este último está a beneficiar dum tratamento de favor da parte do Conselho Supremo das Forças Armadas (CSFA), que dirige atualmente o país.

Mas o Exército rejeitou essas acusações, defendendo que "ninguém está acima da lei" e que o CSFA não pretendia interferir no julgamento do ex-Ppresidente.

Vários altos responsáveis do antigo regime, dos quais os filhos do Presidente derrubado, Alaa e Gamal, estão presos em Tora.

Mubarak deve ser julgado pelo seu papel na morte de manifestantes durante a revolução, assim como por presumível corrupção.

O ex-Presidente egípcio foi já inculpado do fecho dos serviços de telefonia móvel e da Internet no auge das menifestações populares e foi condenado a pagar uma multa de 30 milhões de dólares americanos ao Tribunal Administrativo do Cairo.

A esposa de Mubarak, Suzanne Thabet, foi liberta depois de ter resitituído quatro milhões de dólares americanos que ela teria acumulado ilegalmente.

-0- PANA MI/SEG/FJG/DIM/IZ 01junho2011