Lomé, Togo (PANA) - Uma marcha pacífica, silenciosa e de oração, que devia ocorrer neste sábado em Lomé, sob a égide do movimento das forças vivas "Esperança para o Togo", foi proibida pelo Conselho Municipal de Lomé, de acordo com uma carta da referida entidade a que a PANA teve acesso na mesma cidade.
O movimento "Esperança para o Togo", através desta marcha, queria denunciar precisamente as proibições de manifestações e a ausência de democracia no país.
Segundo o Conselho Municipal de Lomé, a iniciativa "não tem respaldo legal" pelo que, frisou, a "marcha pacífica e silenciosa" não pode ocorrer.
A associação liderada pelo reverendo padre Pierre-Marie Affognon reclama da arbitrariedade no país, beneficiando do apoio de outras organizações que denunciam a restrição de liberdades de se manifestar no Togo.
Desde o final das manifestações de 2017-2018, organizadas pelos partidos da oposição para exigirem reformas institucionais e constitucionais, o Governo não permite mais marchas, sem definir claramente as razões, queixa-se a oposição.
Várias organizações de defesa dos direitos humanos, bem como partidos políticos, protestam contra o Governo, acusando-o de querer proibir sistematicamente manifestações públicas.
-0- PANA FAA/TBM/DIM/DD 31maio2019