PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Marcha da oposição proibida na Guiné-Conakry
Conakry, Guiné (PANA) - A marcha dos partidos da oposição, prevista para a próxima segunda-feira, está proibida em todo o território nacional da Guiné-Conakry, declarou este fim de semana o ministro da Administração Territorial e Descentralização (MATD), Alassane Condé.
Falando no jornal da noite da Radiotelevisão Guineense (RTG), o governante guineense disse que a realização da marcha está "em contradição com os usos e costumes do país"
O ministro aludia ao luto causado ao país por um despenhamento aéreo ocorrido recentemente na Libéria e que matou 11 oficiais e sub-oficiais do Exército, dos quais o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Souleymane Lèlèfa Diallo.
A marcha prevista por partidos filiados no Coletivo da Oposição para a Finalização da Transição na Guiné, na Aliança para a Democracia e Progresso (ADP) e no Clube dos Republicanos (CDR) coincide com o sétimo dia da morte dos 11 militares e com o quinto dia de jejum cristão, duas datas, que, segundo ele, "devem ser escrupulosamente respeitadas".
"Os organizadores deste evento querem criar a desordem para não ir às eleições. Tomamos a opinião pública e internacional como testemunhas de tudo que possa ocorrer em caso de desrespeito da lei", advertiu.
Por outro lado, os administradores das três maiores comunas de Conakry, designadamente Matoto, Kaloum e Matam, garantem num comunicado que "o prazo de três dias não foi respeitado" pelos organizadores da manifestação que, segundo ele, só depositaram o seu pedido de se manifestar a 14 de fevereiro.
Os administradores notificam-lhes igualmente a sua recusa instando-os a respeitarem o período de penitência relativa ao jejum cristão e ao luto que afeta o país.
O grande imame da mesquita de Conakry, El Mamadou Saliou Camara, apelou quarta-feira última, no local da cerimónia das exéquias dos 11 militares, ao Governo e à oposição para dialogarem com vista a encontrar um desfecho feliz e organizar finalmente as eleições a fim de atenuar os sofrimentos dos Guineenses.
No entanto, os organizadores da marcha dizem pretender manifestar-se para denunciar "a instalação dum mecanismo de fraude à grande escala " pelo Governo na perspetiva das eleições legislativas previstas para 12 de maio próximo.
Decidiram opor-se também à escolha da operadora técnica sul-africana Way Mark, exigindo o regresso da francesa Sagem que elaborou os cadernos eleitorais das eleições presidenciais de 2010, que os decisores públicos denunciam por conterem "anomalias constatadas na sua conceção".
Várias marchas destes partidos conduziram, num passado recente, a derrapagens que culminaram na pilhagem de comerciantes, na destruição de veículos dos particulares e no ferimento de vários manifestantes e das forças da ordem.
-0- PANA AC/AAS/SOC/FK/DD 17f/ev2013
Falando no jornal da noite da Radiotelevisão Guineense (RTG), o governante guineense disse que a realização da marcha está "em contradição com os usos e costumes do país"
O ministro aludia ao luto causado ao país por um despenhamento aéreo ocorrido recentemente na Libéria e que matou 11 oficiais e sub-oficiais do Exército, dos quais o chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, general Souleymane Lèlèfa Diallo.
A marcha prevista por partidos filiados no Coletivo da Oposição para a Finalização da Transição na Guiné, na Aliança para a Democracia e Progresso (ADP) e no Clube dos Republicanos (CDR) coincide com o sétimo dia da morte dos 11 militares e com o quinto dia de jejum cristão, duas datas, que, segundo ele, "devem ser escrupulosamente respeitadas".
"Os organizadores deste evento querem criar a desordem para não ir às eleições. Tomamos a opinião pública e internacional como testemunhas de tudo que possa ocorrer em caso de desrespeito da lei", advertiu.
Por outro lado, os administradores das três maiores comunas de Conakry, designadamente Matoto, Kaloum e Matam, garantem num comunicado que "o prazo de três dias não foi respeitado" pelos organizadores da manifestação que, segundo ele, só depositaram o seu pedido de se manifestar a 14 de fevereiro.
Os administradores notificam-lhes igualmente a sua recusa instando-os a respeitarem o período de penitência relativa ao jejum cristão e ao luto que afeta o país.
O grande imame da mesquita de Conakry, El Mamadou Saliou Camara, apelou quarta-feira última, no local da cerimónia das exéquias dos 11 militares, ao Governo e à oposição para dialogarem com vista a encontrar um desfecho feliz e organizar finalmente as eleições a fim de atenuar os sofrimentos dos Guineenses.
No entanto, os organizadores da marcha dizem pretender manifestar-se para denunciar "a instalação dum mecanismo de fraude à grande escala " pelo Governo na perspetiva das eleições legislativas previstas para 12 de maio próximo.
Decidiram opor-se também à escolha da operadora técnica sul-africana Way Mark, exigindo o regresso da francesa Sagem que elaborou os cadernos eleitorais das eleições presidenciais de 2010, que os decisores públicos denunciam por conterem "anomalias constatadas na sua conceção".
Várias marchas destes partidos conduziram, num passado recente, a derrapagens que culminaram na pilhagem de comerciantes, na destruição de veículos dos particulares e no ferimento de vários manifestantes e das forças da ordem.
-0- PANA AC/AAS/SOC/FK/DD 17f/ev2013