PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Manifestantes pró-Morsi de volta às ruas do Cairo
Cairo, Egito (PANA) - Os apoiantes do deposto Presidente egípcio, Mohammed Morsi, voltaram no início da tarde desta sexta-feira às ruas da cidade capital, Cairo, para retomar o seu movimento reivindicativo a favor do regresso de Morsi ao poder.
A nova manifestação decorre sob a designação de "Marcha da Raiva" quase 48 horas após os eventos de quarta-feira que fizeram mais de 600 mortos, incluindo 40 polícias, e perto de quatro mil feridos, maioritariamente entre os manifestantes e civis.
Ela foi convocada pela Irmandade Muçulmana, confraria do Presidente Morsi, alegadamente para render homenagem às vítimas da tragédia de quarta-feira, entre outros propósitos, prometendo ao mesmo tempo ir "até ao fim" na sua luta pela reinstalação de Morsi no poder.
O Governo, que advertira antes contra novas manifestações de rua e decretou o estado de emergência, reagiu a esta nova marcha com o encerramento dos acessos à histórica Praça Tahrir, local privilegiado dos manifestantes egípcios, e desdobrou em seu redor e noutros locais estratégicos um forte dispositivo militar.
A televisão estatal egípcia apresentou imagens das forças de segurança desdobradas pelas ruas do Cairo, indicando que estas estavam prontas para "reagir com firmeza" a qualquer desacato à lei e à ordem pública.
Para muitos observadores, este quadro faz recear o perigo de um novo banho sangue à semelhança dos eventos de quarta-feira que começaram com uma tentativa da Polícia para dispersar os manifestantes, que reclamam pela reinstalação de Mohammed Morsi no poder.
A dispersão dos manifestantes quarta-feira iniciou-se com o lançamento pela Polícia de gases lacrimogéneos para forçar a desocupação dos largos Nahda e Rabaa al-Adawiya, antes de, segundo as autoridades governamentais, a resistência "armada" encontrada no terreno obrigar ao recurso a balas reais para prosseguir a operação.
O Governo indicou na altura que foram detidas 35 pessoas, entre os manifestantes, na posse de armas de fogo e munições diversas, nos largos Nahda e Rabaa al-Adawiya.
Mas a Irmandade Muçulmana desmente que tivesse havido gente armada entre os manifestantes e denunciou que o assalto das forças policiais visou deliberadamente civis que protestavam pacificamente.
Primeiro Presidente democraticamente eleito na história do país, Morsi foi derrubado pelos militares no auge de uma onda de protestos iniciados na Praça Tahrir, a 30 de junho passado, antes de se estender por quase todo o país, com milhares de manifestantes a exigirem a sua renúncia, acusando-o de colocar os seus interesses religiosos acima dos da nação.
-0- PANA IZ 16ago2013
A nova manifestação decorre sob a designação de "Marcha da Raiva" quase 48 horas após os eventos de quarta-feira que fizeram mais de 600 mortos, incluindo 40 polícias, e perto de quatro mil feridos, maioritariamente entre os manifestantes e civis.
Ela foi convocada pela Irmandade Muçulmana, confraria do Presidente Morsi, alegadamente para render homenagem às vítimas da tragédia de quarta-feira, entre outros propósitos, prometendo ao mesmo tempo ir "até ao fim" na sua luta pela reinstalação de Morsi no poder.
O Governo, que advertira antes contra novas manifestações de rua e decretou o estado de emergência, reagiu a esta nova marcha com o encerramento dos acessos à histórica Praça Tahrir, local privilegiado dos manifestantes egípcios, e desdobrou em seu redor e noutros locais estratégicos um forte dispositivo militar.
A televisão estatal egípcia apresentou imagens das forças de segurança desdobradas pelas ruas do Cairo, indicando que estas estavam prontas para "reagir com firmeza" a qualquer desacato à lei e à ordem pública.
Para muitos observadores, este quadro faz recear o perigo de um novo banho sangue à semelhança dos eventos de quarta-feira que começaram com uma tentativa da Polícia para dispersar os manifestantes, que reclamam pela reinstalação de Mohammed Morsi no poder.
A dispersão dos manifestantes quarta-feira iniciou-se com o lançamento pela Polícia de gases lacrimogéneos para forçar a desocupação dos largos Nahda e Rabaa al-Adawiya, antes de, segundo as autoridades governamentais, a resistência "armada" encontrada no terreno obrigar ao recurso a balas reais para prosseguir a operação.
O Governo indicou na altura que foram detidas 35 pessoas, entre os manifestantes, na posse de armas de fogo e munições diversas, nos largos Nahda e Rabaa al-Adawiya.
Mas a Irmandade Muçulmana desmente que tivesse havido gente armada entre os manifestantes e denunciou que o assalto das forças policiais visou deliberadamente civis que protestavam pacificamente.
Primeiro Presidente democraticamente eleito na história do país, Morsi foi derrubado pelos militares no auge de uma onda de protestos iniciados na Praça Tahrir, a 30 de junho passado, antes de se estender por quase todo o país, com milhares de manifestantes a exigirem a sua renúncia, acusando-o de colocar os seus interesses religiosos acima dos da nação.
-0- PANA IZ 16ago2013