PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Manifestantes exigem reposição de voos à ilha cabo-verdiana de São Vicente
Praia, Cabo Verde (PANA) – A ilha cabo-verdiana de São Vicente foi palco, domingo, de uma manifestação para exigir o regresso dos voos diretos da companhia aérea cabo-verdiana Cabo Verde Airlines entre a ilha e o estrangeiro, suspensos em setembro do ano passado, constatou a PANA no local.
A suspensão dos voos foi decidida no âmbito da reestruturação que a transportadora nacional (antiga TACV) está a sofrer para ser privatizada.
Denominada de "Marcha de Indignação de Soncent", o protesto foi organizado pelo movimento cívico Sokols 2017, que considera que a falta de voos diretos da Cabo Verde Airlines está a prejudicar a economia do segundo centro populacional do país e de toda a região norte do arquipélago, que assim não está a conseguir aproveitar de todo o seu potencial.
Ao fazer o balanco da marcha, que saiu da Praça Estrela, no centro da cidade do Mindelo em direção ao Aeroporto Internacional Cesária Évora, o presidente do Sokols assegurou que a adesão a esta jornada de protesto ultrapassou as expetativas dos organizadores.
A operação foi ordeira e teve mais de 500 carros, que transportaram, conforme outras fontes, mais de duas mil pessoas que participaram na manifestação, argumentou.
No final da manifestação, Salvador Mascarenhas prometeu outras formas de protesto que se poderão traduzir em formas mais duras, se não houver resposta por parte do Governo às reivindicações do sanvicentinos.
“Nesta marcha de indignação de São Vicente, que nos trouxe à rua, informamos o Governo de que estamos aqui para exigir a reposição dos voos da Cabo Verde Airlines nesta ilha do norte”, lançou Mascarenhas, para quem a decisão de descontinuar esses voos foi “incorreta e tomada de forma superficial e pouco estudada”.
Por isso, precisou, os sanvicentinos “exigem” a reposição dos voos porque deles depende, assinalou, a economia de toda uma região “por demais maltratada e negligenciada” pelos sucessivos governos da República.
“Queremos lembrar ao primeiro-ministro que o sistema político só funciona bem quando as instituições que produzem leis são sensíveis à influência da sociedade”, assinalou o líder do Sokols, acrescentando que existem os “canais certos” que vêm da sociedade e da opinião pública, que permitem exercer esta influência sobre as instituições que produzem políticas e leis.
Na semana passada, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, reafirmou que a TACV, rebaptizada agora como Cabo Verde Airlines, será privatizada e que as linhas aéreas serão definidas de acordo com "interesses de viabilidade comercial", acrescentando que, apesar do Governo ter interesse que o país tenha uma "boa interligação aérea", o regresso dos voos para São Vicente "não é uma decisão administrativo-política do Governo".
"Temos que garantir que aquilo que são as soluções das rotas aéreas tenham sustentabilidade e capacidade financeira de sustentar e comerciar. Creio que a companhia aérea estará interessada desde que haja o fluxo os investimentos que são feitos para que os voos se realizem", disse o chefe do Governo, no dia em que a Sokols anunciou a manifestação.
Também o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, manifestou o seu desacordo com a posição assumida pelo chefe do Governo e pediu a reposição dos quatro voos semanais da Cabo Verde Airlines para a ilha, lembrando que a empresa ainda é do Estado e que por isso deve garantir o serviço público.
Com a retirada da Cabo Verde Airlines, a transportadora aérea portuguesa TAP é a única companhia que faz voos internacionais regulares a partir de São Vicente para a Europa, mas os preços das passagens praticadas, sobretudo nos voos de e para Lisboa (Portugal), têm sido alvo de críticas por parte dos passageiros.
Entretanto, nas vésperas da manifestação organizada pela Sokol 2017, a Cabo Verde Airlines divulgou um comunicado, manifestando disponibilidade para avaliar as condições para a viabilização de voos para São Vicente e Praia, cidade capital de Cabo Verde, sublinhando que manterá sempre o foco no modelo de negócios assente no 'hub' aéreo no Sal.
No comunicado a transportadora esclarece que o principal motivo que levou a companhia a não incluir Praia e São Vicente nos seus planos de voo, tem a ver com a opção feita de apostar num modelo de negócio assente numa operação Hub
A suspensão dos voos foi decidida no âmbito da reestruturação que a transportadora nacional (antiga TACV) está a sofrer para ser privatizada.
Denominada de "Marcha de Indignação de Soncent", o protesto foi organizado pelo movimento cívico Sokols 2017, que considera que a falta de voos diretos da Cabo Verde Airlines está a prejudicar a economia do segundo centro populacional do país e de toda a região norte do arquipélago, que assim não está a conseguir aproveitar de todo o seu potencial.
Ao fazer o balanco da marcha, que saiu da Praça Estrela, no centro da cidade do Mindelo em direção ao Aeroporto Internacional Cesária Évora, o presidente do Sokols assegurou que a adesão a esta jornada de protesto ultrapassou as expetativas dos organizadores.
A operação foi ordeira e teve mais de 500 carros, que transportaram, conforme outras fontes, mais de duas mil pessoas que participaram na manifestação, argumentou.
No final da manifestação, Salvador Mascarenhas prometeu outras formas de protesto que se poderão traduzir em formas mais duras, se não houver resposta por parte do Governo às reivindicações do sanvicentinos.
“Nesta marcha de indignação de São Vicente, que nos trouxe à rua, informamos o Governo de que estamos aqui para exigir a reposição dos voos da Cabo Verde Airlines nesta ilha do norte”, lançou Mascarenhas, para quem a decisão de descontinuar esses voos foi “incorreta e tomada de forma superficial e pouco estudada”.
Por isso, precisou, os sanvicentinos “exigem” a reposição dos voos porque deles depende, assinalou, a economia de toda uma região “por demais maltratada e negligenciada” pelos sucessivos governos da República.
“Queremos lembrar ao primeiro-ministro que o sistema político só funciona bem quando as instituições que produzem leis são sensíveis à influência da sociedade”, assinalou o líder do Sokols, acrescentando que existem os “canais certos” que vêm da sociedade e da opinião pública, que permitem exercer esta influência sobre as instituições que produzem políticas e leis.
Na semana passada, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, reafirmou que a TACV, rebaptizada agora como Cabo Verde Airlines, será privatizada e que as linhas aéreas serão definidas de acordo com "interesses de viabilidade comercial", acrescentando que, apesar do Governo ter interesse que o país tenha uma "boa interligação aérea", o regresso dos voos para São Vicente "não é uma decisão administrativo-política do Governo".
"Temos que garantir que aquilo que são as soluções das rotas aéreas tenham sustentabilidade e capacidade financeira de sustentar e comerciar. Creio que a companhia aérea estará interessada desde que haja o fluxo os investimentos que são feitos para que os voos se realizem", disse o chefe do Governo, no dia em que a Sokols anunciou a manifestação.
Também o presidente da Câmara Municipal de São Vicente, Augusto Neves, manifestou o seu desacordo com a posição assumida pelo chefe do Governo e pediu a reposição dos quatro voos semanais da Cabo Verde Airlines para a ilha, lembrando que a empresa ainda é do Estado e que por isso deve garantir o serviço público.
Com a retirada da Cabo Verde Airlines, a transportadora aérea portuguesa TAP é a única companhia que faz voos internacionais regulares a partir de São Vicente para a Europa, mas os preços das passagens praticadas, sobretudo nos voos de e para Lisboa (Portugal), têm sido alvo de críticas por parte dos passageiros.
Entretanto, nas vésperas da manifestação organizada pela Sokol 2017, a Cabo Verde Airlines divulgou um comunicado, manifestando disponibilidade para avaliar as condições para a viabilização de voos para São Vicente e Praia, cidade capital de Cabo Verde, sublinhando que manterá sempre o foco no modelo de negócios assente no 'hub' aéreo no Sal.
No comunicado a transportadora esclarece que o principal motivo que levou a companhia a não incluir Praia e São Vicente nos seus planos de voo, tem a ver com a opção feita de apostar num modelo de negócio assente numa operação Hub