Agência Panafricana de Notícias

Manifestantes exigem detenção e comparência de ex-Presidente mauritano Ould Taya

Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Uma manifestação ocorreu quinta-feira diante da Embaixada do Qatar em Nouakchott por iniciativa dos militantes do Movimento "Não Toque na Minha Nacionalidade” (TPMN) que reclamavam pela “detenção e comparência em Tribunal” do ex-Presidente mauritano, Maaouya Ould Sid’Ahmed Taya, refugiado neste emirado desde o seu derrube a 3 de agosto de 2005.

Os factos denunciados pelo TPMN dizem respeito às violações dos direitos humanos, nomeadamente deportações, torturas, execuções extrajudiciais principalmente de militares negros, cometidas sob o regime do Presidente Taya entre 1989 e 1991.

Os manifestantes depositaram uma carta endereçada ao emir do Qatar, a sua Alteza Cheikh Hamad Al Thani, sublinhando "atos cuja gravidade nunca foi igualada na história da Mauritânia e que atingiram o seu paroxismo na noite de 27 a 28 de novembro de 1990, com o enforcamento de 28 militares negros para celebrar o aniversário da independência nacional".

Neste documento, os protestadores evocam "o massacre de 355 civis negros , a destruição de 476 aldeias situadas perto do rio que serve de fronteira natural entre a Mauritânia e o Senegal, bem como a deportação de 120 mil cidadãos para o Senegal".

Eles qualifiam estes atos de "genocídio e crimes contra a humanidade, planificados ao mais alto nível" do Estado.

-0- PANA SAS/AAS/FK/DD 13dez2012