Nouakchott, Mauritânia (PANA) - Trinta e seis pessoas foram detidas sábado último, 28 de novembro, à margem da celebração do 60.º aniversário da independência nacional, de acordo com várias fontes concordantes.
Estes indivíduos, entre os quais viúvas, órfãos de soldados negros africanos vítimas de execuções extrajudiciais em 1990 e 1991, bem como ativistas de vários movimentos, foram colocados em várias esquadras de polícia, segundo a mesma a fonte.
Na origem destas detenções está uma manifestação durante a qual os detidos tentavam aceder à tribuna oficial da celebração da festa nacional em que se encontrava o Presidente mauritano, Mohamed Cheikh El Ghazouani.
Eles pretendiam entregar-lhe um documento em que pedem a revogação de uma lei de amnistia adotada em 1993, que abrange alegados autores de várias centenas de execuções extrajudiciais de soldados da comunidade negra, entre setembro de 1990 e fevereiro de 1991, incluindo 28 enforcados durante a noite de 27 a 28 de novembro de 1990, para a celebração do 30.º aniversário da independência.
Estes eventos ocorreram sob o regime do então chefe do Estado mauritano, Maaouya ould Sid'Ahmed Taya (1984-2005).
-0- PANA SAS/TBM/DIM/DD 30novembro2020