PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Manifestações no Burkina Faso contra ex-regimento de segurança de Blaise Compaoré
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) - Jovens exprimiram o seu descontentamento contra o Regimento de Segurança Presidencial (RSP) esta quinta-feira em Ouagadougou, a capital do Burkina Faso, e em Bobo Dioulasso, segunda cidade do país, após o seu pedido de demissão do primeiro-ministro Isaac Zida, constatou a PANA no local.
Dezenas de manifestantes, na sua maioria alunos, invadiram esta quinta-feira de manhã a Praça da Nação, epicentro da insurreição popular de finais de outubro que destituiu o regime de Blaise Compaoré, para protestar contra o RSP.
Corpo de elite do ex-Presidente destituído Blaise Compaoré, do qual saiu o atual primeiro-ministro, o RPG causou a anulação da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira protestando contra o seu desmantelamento, prometido ao povo por Zida.
Os jovens reclamaram pela demissão de Zida, que apelou em dezembro para a dissolução "pura e simples" desta unidade de elite, considerada como a guarda pretoriana do antigo chefe do Estado destituído na sequência de protestos populares após 27 anos de regime.
"Já não queremos estes militares (RSP). Eles devem juntar-se aos outros militares nas casernas porque o seu chefe (Compaoré) já não está no poder", afirmou um jovem manifestante, que exibia a bandeira do Burkina Faso nos ombros.
Num comunicado transmitido à PANA quinta-feira de manhã, a sociedade civil qualificou de "tentativa de destruição da transição democrática" o comportamento do RSP.
Trata-se de "tentativas de pôr em causa o consenso nacional, de destruição da transição democrática, de liquidação das esperanças da formidável insurreição popular de outubro de 2014, e de regresso a um passado e a uma direção militar, militarista e antidemocrática do país", segundo o documento assinado por cerca de 20 organizações da sociedade civil.
O Presidente burkinabe interino, Michel Kafando, anunciou quarta-feira à tarde que reuniões entre os chefes das Forças Armadas vão decorrer o mais rápido possível para encontrar uma solução para a crise.
Por seu lado, o Secretário-Geral adjunto da Organização das Nações Unidas encarregue dos Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, declarou quarta-feira em Ouagadougou que a comunidade internacional não vai perdoar os que "ameaçam o processo de transição" no Burkina Faso.
"Os que ameaçam a transição devem saber que a comunidade internacional está a observá-los e vai considerá-los responsáveis. A comunidade internacional não vai perdoar nenhum obstáculo à transição", declarou Jeffrey Feltman no termo duma reunião com o Presidente Kafando.
-0- PANA NDT/TBM/MAR/TON 05fevereiro2015
Dezenas de manifestantes, na sua maioria alunos, invadiram esta quinta-feira de manhã a Praça da Nação, epicentro da insurreição popular de finais de outubro que destituiu o regime de Blaise Compaoré, para protestar contra o RSP.
Corpo de elite do ex-Presidente destituído Blaise Compaoré, do qual saiu o atual primeiro-ministro, o RPG causou a anulação da reunião do Conselho de Ministros de quarta-feira protestando contra o seu desmantelamento, prometido ao povo por Zida.
Os jovens reclamaram pela demissão de Zida, que apelou em dezembro para a dissolução "pura e simples" desta unidade de elite, considerada como a guarda pretoriana do antigo chefe do Estado destituído na sequência de protestos populares após 27 anos de regime.
"Já não queremos estes militares (RSP). Eles devem juntar-se aos outros militares nas casernas porque o seu chefe (Compaoré) já não está no poder", afirmou um jovem manifestante, que exibia a bandeira do Burkina Faso nos ombros.
Num comunicado transmitido à PANA quinta-feira de manhã, a sociedade civil qualificou de "tentativa de destruição da transição democrática" o comportamento do RSP.
Trata-se de "tentativas de pôr em causa o consenso nacional, de destruição da transição democrática, de liquidação das esperanças da formidável insurreição popular de outubro de 2014, e de regresso a um passado e a uma direção militar, militarista e antidemocrática do país", segundo o documento assinado por cerca de 20 organizações da sociedade civil.
O Presidente burkinabe interino, Michel Kafando, anunciou quarta-feira à tarde que reuniões entre os chefes das Forças Armadas vão decorrer o mais rápido possível para encontrar uma solução para a crise.
Por seu lado, o Secretário-Geral adjunto da Organização das Nações Unidas encarregue dos Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, declarou quarta-feira em Ouagadougou que a comunidade internacional não vai perdoar os que "ameaçam o processo de transição" no Burkina Faso.
"Os que ameaçam a transição devem saber que a comunidade internacional está a observá-los e vai considerá-los responsáveis. A comunidade internacional não vai perdoar nenhum obstáculo à transição", declarou Jeffrey Feltman no termo duma reunião com o Presidente Kafando.
-0- PANA NDT/TBM/MAR/TON 05fevereiro2015