PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Manifestação nas Comores contra referendo francês em Mayotte
Moroni- Comores (PANA) -- Várias centenas de Comorianos manifestaram- se domingo em Moroni contra o referendo francês iniciado no mesmo dia em Mayotte, quarta ilha do arquipélago das Comores em via de se tornar num município gaulês, constatou a PANA no local.
Os manifestantes agrupados na Praça da Independência efectuaram uma marcha de dois quilómetros até à Embaixada de França em Moroni, a capital das Comores, diante da qual eles exprimiram os seus protestos apesar dum cordão de segurança das forças da ordem comorianas.
"França nunca desejará o bem", gritou Idriss Mohamed, responsável do Comité Maoré (nome local que designa Mayotte), um dos principais movimentos na origem desta manifestação.
"Ela (França) apenas traz desgraça, desolação e desprezo", acrescentou.
Falando à multidão reunida na Praça da Independência antes da marcha para a Embaixada de França, Mohamed lembrou a intifada palestiniana que descreveu como "guerra das pedras contra os tanques israelitas".
"Devemos também levar a cabo uma guerra para recuperar Mayotte", disse.
"Não nos enganemos.
Mayotte não voltará pelo diálogo com França.
É preciso batermo-nos em todos os planos", prosseguiu o responsável do Comité Maoré que denunciou a existência de "forças internas, pilares de França que se servem das nossas divisões para nos roubar Mayotte".
Idriss Mohamed lembrou ainda as recentes manifestações dos estudantes comorianos "contra a presença colonial francesa em Mayotte", exortando a multidão a não ficar cansada "porque haverá outras (manifestações) até que a integridade territorial do nosso país seja completa".
A concentração contou com a participação dos ministros Ahmed Ben Said Jaffar, das Relações Externas e Cooperação; Madi Ali, da Justiça e Assuntos Islâmicos; e Kamaleddine Afraitane, da Educação Nacional.
Nenhum responsável do Governo local da ilha autónoma da Grande Comore esteve presente na marcha, excepto Soudjay Hamadi, o presidente da Assembleia Local.
A manifestção não conheceu igualmente a mobilização esperada por razões meteorológicas, tendo a chuva começado a cair antes da hora fixada para a concentração.
No termo do escrutínio referendário deste domingo em Mayotte, se o "sim" vencer, esta pequena ilha do Oceano Índico (cerca de 375 quilómetros quadrados para 180 mil habitantes) vai tornar-se num município francês do ultramar.
Os manifestantes agrupados na Praça da Independência efectuaram uma marcha de dois quilómetros até à Embaixada de França em Moroni, a capital das Comores, diante da qual eles exprimiram os seus protestos apesar dum cordão de segurança das forças da ordem comorianas.
"França nunca desejará o bem", gritou Idriss Mohamed, responsável do Comité Maoré (nome local que designa Mayotte), um dos principais movimentos na origem desta manifestação.
"Ela (França) apenas traz desgraça, desolação e desprezo", acrescentou.
Falando à multidão reunida na Praça da Independência antes da marcha para a Embaixada de França, Mohamed lembrou a intifada palestiniana que descreveu como "guerra das pedras contra os tanques israelitas".
"Devemos também levar a cabo uma guerra para recuperar Mayotte", disse.
"Não nos enganemos.
Mayotte não voltará pelo diálogo com França.
É preciso batermo-nos em todos os planos", prosseguiu o responsável do Comité Maoré que denunciou a existência de "forças internas, pilares de França que se servem das nossas divisões para nos roubar Mayotte".
Idriss Mohamed lembrou ainda as recentes manifestações dos estudantes comorianos "contra a presença colonial francesa em Mayotte", exortando a multidão a não ficar cansada "porque haverá outras (manifestações) até que a integridade territorial do nosso país seja completa".
A concentração contou com a participação dos ministros Ahmed Ben Said Jaffar, das Relações Externas e Cooperação; Madi Ali, da Justiça e Assuntos Islâmicos; e Kamaleddine Afraitane, da Educação Nacional.
Nenhum responsável do Governo local da ilha autónoma da Grande Comore esteve presente na marcha, excepto Soudjay Hamadi, o presidente da Assembleia Local.
A manifestção não conheceu igualmente a mobilização esperada por razões meteorológicas, tendo a chuva começado a cair antes da hora fixada para a concentração.
No termo do escrutínio referendário deste domingo em Mayotte, se o "sim" vencer, esta pequena ilha do Oceano Índico (cerca de 375 quilómetros quadrados para 180 mil habitantes) vai tornar-se num município francês do ultramar.