Mali procura ex-refém francesa Sophie Petronin
Bamako, Mali (PANA) - O diretor-geral da Gendarmaria Nacional do Mali ordenou segunda-feira uma busca contra a ex-refém francesa Sophie Petronin, que teria sido avistada, na cidade de Sikasso, no sul do país.
Numa mensagem às unidades da sua corporação, o diretor-geral instrui os seus homens a "procurá-la e conduzi-la sob escolta à direção-geral da Gendarmaria Nacional".
A 05 de outubro último, Sophie Pétronin, uma agente humanitária francesa que trabalhava na região de Gao, no norte do Mali, foi libertada de um sequestro perpetrado, em dezembro de 2016, por um grupo islâmico ligado à Al -Qaeda, em Gao, onde ela dirigia uma ONG que cuidava de crianças.
Ela foi libertada ao mesmo tempo que o ex-líder da oposição maliana, Soumaila Cissé, que morreu pouco depois de uma infeção pela covid-19, e dois cidadãos italianos, Nicola Chiacchio e Pierlugui Maccalli.
No dia da sua libertação, Sophie Pétronin apareceu numa djellaba branca, com a cabeça coberta, dando a entender que se converteu ao Islão durante o seu longo cativeiro.
Depois da sua libertação, ela deixou entender que os seus raptores (jihadistas) são grupos armados da oposição armada ao regime maliano.
“Houve o de 1990. Em 1996, eles assinaram acordos de paz. Se realmente queremos a paz, no Mali, todos devem respeitar o seu compromisso”, disse na altura.
Depois da sua conversão ao islamismo, disseram analistas, a ex-refém francesa parecia, pelo menos ao analisar os seus comentários polémicos, ter assumido a causa dos jihadistas que "são bons manipuladores".
Ainda assim, segundo os mesmos analistas, está por descobrir o que poderia ter levado Sophie Pétronin a retornar ao Mali.
Questiona-se se se trata de continuar o seu trabalho humanitário, num país em crise por mais de uma década, ou se tem conexões com os seus ex-raptores ou ainda como conseguiu ela voltar ao Mali sem ninguém saber.
-0- PANA GT/JSG/MAR/IZ 02nov2021