Mali expulsa chefe da missão da ONU como "persona non grata"
Bamako, Mali (PANA) - O Governo maliano deu 24 horas ao chefe da Missão Multidimensional Integrada das Nações Unidas para a Estabilização do Mali (MINUSMA), em Kidal, para abandonar o país como "persona non grata", soube a PANA terça-feira de fonte oficial, em Bamako.
Segundo o ministro maliano dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Internacional, Tiéblé Dramé, a decisão seguiu-se a declarações feitas pelo diplomata francês Chistophe Sivillon, chefe da MINUSMA, em Kidal, no norte do país, durante um congresso do Movimento Nacional para a Libertação do Azawad (MNLA).
Este último é um dos grupos armados do norte do país que assinaram o Acordo de Paz e Reconciliação do Mali, no termo do processo de Argel.
Num comunicado, o Governo maliano lembra que, durante as conversações que precederam esta decisão e em conformidade com as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança da ONU, os responsáveis da MINUSMA reafirmaram o firme compromisso da missão onusina com a soberania, a unidade e a integridade territorial do Mali.
O Governo maliano presta homenagem ao sacrifício das forças de manutenção da paz tombadas em solo maliano, acrescenta o comunicado, que saúda e incentiva o pessoal da ONU, no Mali, empenhado na execução do mandato conferido pelo Conselho de Segurança.
No seu discurso proferido no congresso do MNLA, em 30 de novembro último, Chistophe Sivillon teria utilizado expressões "que chocaram a opinião pública maliana" como "queridos convidados vindos do Mali".
Tais expressões foram consideradas "tendenciosas porque sugeriram que Kidal não faz parte do Mali".
-0- PANA GT/DIM/IZ 11dez2019