PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Malawi suspende negociações com Tanzânia por acentuação de confrontos fronteiriços
Blantyre, Malawi (PANA) - A Presidente do Malawi, Joyce Banda, anunciou que o seu país vai suspender o diálogo com a vizinha Tanzânia sobre o seu diferendo fronteiriço "porque a questão passou para a fase superior".
"Tornou-se agora num grande problema", declarou Banda durante uma conferência de imprensa organizada terça-feira desde o seu regresso a Lilongwe proveniente de Nova Iorque, nos Estados Unidos, na sua primeira participação na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Escrevemos uma carta à Tanzânia, protestando junto da Organização das Nações Unidas", indicou.
A Presidente Banda declarou que decidiu suspender o diálogo porque o seu homólogo tanzaniano, Jakaya Kikwete, estava a enganá-la.
"O meu irmão Kikwete assegurou-me, até na televisão (durante encontros à margem duma cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral [SADC] em Moçambique) que não havia por que me preocupar, porque não se tratava de uma questão de guerra entre o Malawi e a Tanzânia.
"Mas quando esta declaração foi feita, o Presidente Kikwete declarou e cito: Os Malawianos negam aos Tanzanianos o direito ao seu lago enquanto, ao mesmo tempo, os nossos rios desaguam no lago", denunciou.
Banda declarou, após as negociações de Maputo com Kikwete, que ela pensava que a questão podia ser facilmente resolvida por via diplomática mas que, após as ações da Tanzânia, ela não via a utilidade das negociações.
Ela indicou que pescadores malawianos são detidos e assediados quando vão pescar no lago.
"É um assunto muito grave, que agora passou a um nível superior", deplorou Banda.
A Tanzânia reivindica a posse da parte norte do lago Malawi, ainda chamada Lago Nyassa segundo o seu nome colonial. O diferendo apareceu pela primeira vez nos anos 1960, pouco após a ascensão dos dois países à independência, mas os Presidente de então no Malawi, Hastings Kamuzu Banda; e na Tanzânia, Julius Nyerere, resolveram-no.
A questão voltou à superfície quando o Malawi solicitou, recentemente, a uma empresa britânica operações de prospeção de petróleo no subsolo do mesmo lago.
A Tanzânia exigiu então a cessação da exploração petrolífera até que o problema seja resolvido.
-0- PANA RT/VAO/ASA/TBM/MAR/IZ 03outt2012
"Tornou-se agora num grande problema", declarou Banda durante uma conferência de imprensa organizada terça-feira desde o seu regresso a Lilongwe proveniente de Nova Iorque, nos Estados Unidos, na sua primeira participação na Assembleia Geral das Nações Unidas.
"Escrevemos uma carta à Tanzânia, protestando junto da Organização das Nações Unidas", indicou.
A Presidente Banda declarou que decidiu suspender o diálogo porque o seu homólogo tanzaniano, Jakaya Kikwete, estava a enganá-la.
"O meu irmão Kikwete assegurou-me, até na televisão (durante encontros à margem duma cimeira da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral [SADC] em Moçambique) que não havia por que me preocupar, porque não se tratava de uma questão de guerra entre o Malawi e a Tanzânia.
"Mas quando esta declaração foi feita, o Presidente Kikwete declarou e cito: Os Malawianos negam aos Tanzanianos o direito ao seu lago enquanto, ao mesmo tempo, os nossos rios desaguam no lago", denunciou.
Banda declarou, após as negociações de Maputo com Kikwete, que ela pensava que a questão podia ser facilmente resolvida por via diplomática mas que, após as ações da Tanzânia, ela não via a utilidade das negociações.
Ela indicou que pescadores malawianos são detidos e assediados quando vão pescar no lago.
"É um assunto muito grave, que agora passou a um nível superior", deplorou Banda.
A Tanzânia reivindica a posse da parte norte do lago Malawi, ainda chamada Lago Nyassa segundo o seu nome colonial. O diferendo apareceu pela primeira vez nos anos 1960, pouco após a ascensão dos dois países à independência, mas os Presidente de então no Malawi, Hastings Kamuzu Banda; e na Tanzânia, Julius Nyerere, resolveram-no.
A questão voltou à superfície quando o Malawi solicitou, recentemente, a uma empresa britânica operações de prospeção de petróleo no subsolo do mesmo lago.
A Tanzânia exigiu então a cessação da exploração petrolífera até que o problema seja resolvido.
-0- PANA RT/VAO/ASA/TBM/MAR/IZ 03outt2012