Agência Panafricana de Notícias

Malam Bacai Sanhá toma posse como Presidente da Guiné-Bissau

Bissau- Guiné-Bissau (PANA) -- O Presidente eleito da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá, tomou posse terça-feira em Bissau durante uma cerimónia assistida por vários chefes de Estados e de Governos africanos e outras personalidades.
A cerimónia, que decorreu no Estádio 24 de Setembro em Bissau, foi assistida pelos Presidentes de Cabo Verde, Pedro Pires, do Senegal, Abdoulaye Wade, da Gâmbia, Yaya Jammeh, da Nigéria, Umaru Yar'Adua, do Burkina Faso, Blaise Campaoré, da República Árabe Saraui Democrática, Mohamed Abdelaziz, bem pelo vice-presidente do Parlamento angolano, João Lourenço, e pelo ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado.
O primeiro-ministro da Guiné-Conakry, Kobine Komara, o vice-primeiro- ministro timorense, José Luís Guterres, o ministro moçambicano da Defesa, Filipe Nyusi, o duque de Bragança e o secretário-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Domingos Simões Pereira, estiveram também presentes.
As Nações Unidas fizeram-se representar pelo secretário-geral adjunto para os Assuntos Políticos, o eritreu Hailé Menkerios, participou igualmente no acto.
O líder do Partido da Renovação Social (PRS), Kumba Yalá, candidato derrotado na segunda volta das eleições presidenciais de Julho último pelo candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), assistiu também à cerimónia.
O novo chefe de Estado irá coabitar com o Governo do primeiro- ministro Carlos Gomes Júnior, líder do PAIGC, num sistema que ele próprio referiu como semi-presidencial.
Malam Bacai Sanhá venceu a segunda volta das presidenciais antecipadas de 26 de Julho, sucedendo a João Bernardo "Nino" Vieira, assassinado em Março em circunstâncias ainda por esclarecer.
Anteriormente, como presidente da Assembleia Nacional, ele já chefiara interinamente o Estado em 1999/2000 depois da deposição de Nino Vieira por uma junta militar.
Malam Bacai Sanhá, de 62 anos, é o quarto Presidente efectivo da Guiné-Bissau, depois de Luís Cabral, Nino Vieira e Kumba Yalá.