PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mais um morto e vários feridos em manifestações no Senegal
Dakar, Senegal (PANA) – Um jovem estudante morreu e várias outras pessoas ficaram feridas domingo em confrontos entre manifestantes do Movimento opositor 23 de Junho (M23) e forças da ordem em Rufisque, a cerca de 30 quilómetros a leste da capital senegalesa, Dakar.
Os manifestantes protestavam pelo sexto dia consecutivo contra a validação, pelo Conselho Constitucional, da candidatura do Presidente cessante, Abdoulaye Wade, às eleições presidenciais de 26 de fevereiro corrente e a « profanação » da mesquita Zawiya El Hadj Malick Sy de Dakar por polícias que lançaram sexta-feira granadas lacrimogéneas.
A vítima mortal, a segunda desde o início das manifestações, foi atingida na cabeça por um projétil lançado por um elemento policial do Agrupamento Móvel de Intervenção (GMI).
Os confrontos que começaram de manhã no centro da cidade de Dakar com a participação de fiéis da confraria muçulmana "tidjane", estenderam-se a vários bairros da capital senegalesa e arredores, ocasionando confrontos marcados por trocas de projéteis, incluindo pedras e cocktails Molotov bem como granadas e balas de borracha, entre os manifestantes e as forças da ordem.
Para além do jovem estudante que perdeu a vida, o balanço provisório apontava para um número elevado de feridos dois dois lados.
Na manhã de segunda-feira, responsáveis da confraria tidjane apelaram para a calma após uma reunião decorrida na mesquita de Zawiya por ocasião da visita ao Senegal de Zoubire Tijani, um descendente de Cheikh Ahmed Tidiane Cherif (1737-1815), o fundador da confraria.
Por seu turno, o ministro senegalês do Interior, Ousmane Ngom, apresentou desculpas em nome do seu Governo e da Polícia Nacional pelo "erro policial" que resultou no ataque contra a mesquita de Zawiya.
Durante os confrontos, os manifestantes conseguiram, em alguns locais, dominar as forças da ordem que, sem munições, eram obrigados a atacar com pedras.
Os confrontos intensificaram-se à noite em várias cidades do país, incluindo Thiès, Rufisque e Mbour (oeste do Senegal), Louga e Saint-Louis (norte), Tambacounda (leste), Kaolack e Diourbel (centro), entre outras.
Nestas cidades e em Dakar, além da destruição das sedes da coligação das Forças Aliadas para a Vitória (FAL 2012), que apoia o Presidente Wade, comícios de militantes deste movimento político foram também dispersos pelos manifestantes.
Em Louga, uma manifestação de protesto está prevista, a partir desta segunda-feira, devendo agrupar todas as correntes religiosas, em concertação com todas as associações islâmicas da cidade.
Quatorze candidatos, incluindo Abdoulaye Wade, devem disputar as presidenicais de 26 de fevereiro.
A votação dos militares e dos paramilitares, marcada por uma forte taxa de abstenção, teve lugar sábado e domingo, uma semana antes do escrutínio geral.
-0- PANA SIL/JSG/MAR/IZ 20fev2012
Os manifestantes protestavam pelo sexto dia consecutivo contra a validação, pelo Conselho Constitucional, da candidatura do Presidente cessante, Abdoulaye Wade, às eleições presidenciais de 26 de fevereiro corrente e a « profanação » da mesquita Zawiya El Hadj Malick Sy de Dakar por polícias que lançaram sexta-feira granadas lacrimogéneas.
A vítima mortal, a segunda desde o início das manifestações, foi atingida na cabeça por um projétil lançado por um elemento policial do Agrupamento Móvel de Intervenção (GMI).
Os confrontos que começaram de manhã no centro da cidade de Dakar com a participação de fiéis da confraria muçulmana "tidjane", estenderam-se a vários bairros da capital senegalesa e arredores, ocasionando confrontos marcados por trocas de projéteis, incluindo pedras e cocktails Molotov bem como granadas e balas de borracha, entre os manifestantes e as forças da ordem.
Para além do jovem estudante que perdeu a vida, o balanço provisório apontava para um número elevado de feridos dois dois lados.
Na manhã de segunda-feira, responsáveis da confraria tidjane apelaram para a calma após uma reunião decorrida na mesquita de Zawiya por ocasião da visita ao Senegal de Zoubire Tijani, um descendente de Cheikh Ahmed Tidiane Cherif (1737-1815), o fundador da confraria.
Por seu turno, o ministro senegalês do Interior, Ousmane Ngom, apresentou desculpas em nome do seu Governo e da Polícia Nacional pelo "erro policial" que resultou no ataque contra a mesquita de Zawiya.
Durante os confrontos, os manifestantes conseguiram, em alguns locais, dominar as forças da ordem que, sem munições, eram obrigados a atacar com pedras.
Os confrontos intensificaram-se à noite em várias cidades do país, incluindo Thiès, Rufisque e Mbour (oeste do Senegal), Louga e Saint-Louis (norte), Tambacounda (leste), Kaolack e Diourbel (centro), entre outras.
Nestas cidades e em Dakar, além da destruição das sedes da coligação das Forças Aliadas para a Vitória (FAL 2012), que apoia o Presidente Wade, comícios de militantes deste movimento político foram também dispersos pelos manifestantes.
Em Louga, uma manifestação de protesto está prevista, a partir desta segunda-feira, devendo agrupar todas as correntes religiosas, em concertação com todas as associações islâmicas da cidade.
Quatorze candidatos, incluindo Abdoulaye Wade, devem disputar as presidenicais de 26 de fevereiro.
A votação dos militares e dos paramilitares, marcada por uma forte taxa de abstenção, teve lugar sábado e domingo, uma semana antes do escrutínio geral.
-0- PANA SIL/JSG/MAR/IZ 20fev2012