Agência Panafricana de Notícias

Mais de seis mil mulheres excisadas vivem na Bélgica

Bruxelas, Bélgica (PANA) – Seis mil 260 mulheres excisadas vivem na Bélgica e mil 975 raparigas correm o risco de o ser um dia, de acordo com um estudo realizado pelo Instituto de Medicina Tropical de Antuérpia, a pedido do Governo belga.

O estudo divulgado esta segunda-feira, e a que a PANA teve acesso, precisou que, das cinco mulheres excisadas, quatro vêm de África, nomeadamente da Guiné Conakry, da Somália, do Egito, da Nigéria, da Etiópia, da Côte d’Ivoire, da Serra Leoa, do Senegal, do Burkina Faso e do Mali.

Segundo o mesmo documento, nenhuma destas mulheres sofreram as mutilações genitais no território belga.

Médicos belgas foram solicitados por parentes africanos, mas se recusaram a praticar a operação pois a lei pune com pesadas penas de prisão cirurgiões que mutilam os órgãos genitais das raparigas menores, lê-se no estudo.

Segundo os seus autores, quando um médico belga se recusa a praticar a excisão, os pais ou parentes da rapariga voltam ao seu país de origem em África para o efeito sem risco de serem processados.

Este estudo foi divulgado por ocasião do Dia Internacional Contra as Mutilações Genitais Femininas.

-0- PANA AK/AAS/FK/DD 06fev2012