PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mais de 90 cidadãos burundeses expulsos do Rwanda
Bujumbura, Burundi (PANA) - Mais de 90 cidadãos burundeses foram expulsos quinta-feira por se terem recusado a juntar-se aos seus compatriotas em campos de refugiados instalados no interior do vizinho Rwanda, noticiou esta sexta-feira a rádio pública em Bujumbura.
Citando fontes administrativas em Kirundo, uma província situada na fronteira comum aos dois países, no norte do Burundi, a estação indicou que entre as pessoas expulsas figuram várias mulheres, crianças e velhos de diferentes regiões do Burundi e "despojados de todos os seus haveres".
O Rwanda tolera atualmente no seu solo perto de 80 mil requerentes de asilo, depois da crise eleitoral de 2015 manchada por atos de violência no Burundi.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima em perto de 400 mil o número de refugiados burundeses da crise maioritariamente instalados na Tanzânia.
Em tempo normal, um simples livre-trânsit bastava às populações burundesas e rwandesas para circular livremente através das fronteiras comuns.
A crise de confiança ao mais alto nível dos Estados fez com que a livre circulação de pessoas e bens conhecesse grandes restrições.
No ano passado, o Rwanda expulsou, por vagas sucessivas, mais de quatro mil Burundeses, oficialmente por "estada irregular" no seu território.
Desde o início deste ano, já foram repatriados 270 cidadãos burundeses, segundo fontes administrativas nas regiões de acolhimento, fronteiriças com o Rwanda.
No sentido inverso, cidadãos rwandeses foram igualmente obrigados a deixar rapidamente o Burundi, alguns acusados de estada irregular e outras de espionagem, incluindo o antigo primeiro conselheiro da Embaixada do Rwanda em Bujumbura, Désire Nyaruhirira.
Um violento incidente ocorreu no ano passado do lado do Rwanda onde dois vendedores "clandestinos" de frutas e legumes, vindos do Burundi, foram mortos a tiro pelas forças de segurança rwandesas.
A nível económico, o impacto negativo desta crise de confiança fez-se sentir no dia-a-dia, nomeadamente no comércio, no transporte de pessoas e bens, praticamente em ponto morto há mais de dois anos.
Os intercâmbios diplomáticos, culturais e desportivos estão igualmente em ponto morto entre os dois países, antes reputados "irmãos gémeos" a todos os níveis e que se olham hoje como cão e gato.
O Burundi pede regularmente a arbitragem da Comunidade dos Estados da África Oriental neste diferendo político com o Rwanda que fez recear uma escalda à grande escala entre os dois países e a nível da sub-região.
-0- PANA FB/BEH/MAR/IZ 09junho2017
Citando fontes administrativas em Kirundo, uma província situada na fronteira comum aos dois países, no norte do Burundi, a estação indicou que entre as pessoas expulsas figuram várias mulheres, crianças e velhos de diferentes regiões do Burundi e "despojados de todos os seus haveres".
O Rwanda tolera atualmente no seu solo perto de 80 mil requerentes de asilo, depois da crise eleitoral de 2015 manchada por atos de violência no Burundi.
O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) estima em perto de 400 mil o número de refugiados burundeses da crise maioritariamente instalados na Tanzânia.
Em tempo normal, um simples livre-trânsit bastava às populações burundesas e rwandesas para circular livremente através das fronteiras comuns.
A crise de confiança ao mais alto nível dos Estados fez com que a livre circulação de pessoas e bens conhecesse grandes restrições.
No ano passado, o Rwanda expulsou, por vagas sucessivas, mais de quatro mil Burundeses, oficialmente por "estada irregular" no seu território.
Desde o início deste ano, já foram repatriados 270 cidadãos burundeses, segundo fontes administrativas nas regiões de acolhimento, fronteiriças com o Rwanda.
No sentido inverso, cidadãos rwandeses foram igualmente obrigados a deixar rapidamente o Burundi, alguns acusados de estada irregular e outras de espionagem, incluindo o antigo primeiro conselheiro da Embaixada do Rwanda em Bujumbura, Désire Nyaruhirira.
Um violento incidente ocorreu no ano passado do lado do Rwanda onde dois vendedores "clandestinos" de frutas e legumes, vindos do Burundi, foram mortos a tiro pelas forças de segurança rwandesas.
A nível económico, o impacto negativo desta crise de confiança fez-se sentir no dia-a-dia, nomeadamente no comércio, no transporte de pessoas e bens, praticamente em ponto morto há mais de dois anos.
Os intercâmbios diplomáticos, culturais e desportivos estão igualmente em ponto morto entre os dois países, antes reputados "irmãos gémeos" a todos os níveis e que se olham hoje como cão e gato.
O Burundi pede regularmente a arbitragem da Comunidade dos Estados da África Oriental neste diferendo político com o Rwanda que fez recear uma escalda à grande escala entre os dois países e a nível da sub-região.
-0- PANA FB/BEH/MAR/IZ 09junho2017