Agência Panafricana de Notícias

Mais de 59 milhões de refugiados recenseados no mundo, segundo ACNUR

Túnis, Tunísia (PANA) – O número de refugiados no mundo devido a guerras e a lutas armadas estimava-se no fim do ano de 2014 em 59 milhões e 500 mil pessoas, anunciou o Alto Comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, citando resultados do último relatório sobre a situação dos refugiados publicado no site das Nações Unidas por ocasião da celebração, sábado, do Dia Internacional do Refugiado.

O número de refugiados no mundo registou um aumento de 16 porcento em relação aos registados em 2013 e de 60 porcento em comparação com a totalidade dos refugiados, há 10 anos, precisou Guterres, indicando que estas cifras significam que uma pessoa em 122 é refugiado, deslocado ou requerente de asilo devido a guerras, lutas armadas, violência e opressão a diversos níveis.

Ele deplorou a ausência de sanção contra os responsáveis por estas lutas armadas e a incapacidade absoluta das diferentes componentes da comunidade internacional de trabalhar juntos para pôr termo às guerras e instaurar a paz.

Guterres disse que o tempo chegou para a comunidade internacional assumir as suas responsabilidades não apenas para as pessoas sinistradas, mas também para prevenir o surgimento das lutas para as quais ela deve encontrar soluções.

Segundo o relatório do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), a Síria é a maior fornecedora de deslocados internos no mundo com sete milhões e 600 mil pessoas e vários refugiados cujo número se estimava no final do ano de 2014 em três milhões e 880 mil pessoas, seguida do Afeganistão (dois milhões e 59 mil pessoas), da Somália (um milhão e 100 mil) como países fornecedores de refugiados.

No que diz respeito ao continente africano, o relatório indicou que as numerosas lutas armadas em África, nomeadamente as registadas na Somália, na República Centro Africana, no Sudão do Sul, na Nigéria, na RD Congo provocaram no fim do ano de 2014 vários refugiados forçados.

O número de refugiados na África Subsariana atingiu três milhões e 700 mil pessoas, enquanto o de deslocados internos era estimado em 11 milhões e 400 mil pessoas, das quais quatro milhões e 500 mil registadas no ano passado.

-0- PANA AD/INIS/SOC/FK/TON 21junho2015