PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Mais de $ 30 milhões desviados de cofres de Estado malawiano, revela relatório
Blantyre, Malawi (PANA) – Mais de 13 biliões de kwachas (mais de 30 milhões de dólares americanos) foram desviados por homens políticos, empresários e funcionários no Malawi, de acordo com um inquérito diligenciado pela Grã Bretanha.
Esta auditoria, efetuada pelo gabinete de perito-contabilista britânico, Baker Tilly, cobre o período de abril de 2012 a setembro de 2013.
Por coincidência, a Presidente malawiana, Joyce Banda, acedeu ao poder a 7 de abril de 2012, dois dias depois da morte brutal do seu antecessor, o então Presidente Bingu Wa Mutharika (de maio de 2004 a abril de 2012), causada por complicações dum ataque cardíaco.
Este escândalo foi revelado em setembro de 2013 após a tentativa de assassinato do então diretor do Orçamento do Ministério das Finanças, Paul Mphwiyo, que travava assim uma batalha contra a corrupção no seio do Governo.
Alguns dias antes, um simples funcionário foi surpreendido com mais de 300 mil dólares americanos na mala traseira do seu veículo, a semelhança de outras somas igualmente apreendidas em idênticas circunstâncias.
Em reação a estes factos, os doadores de fundos do Malawi reagiram suspenderam uma ajuda de 150 milhões de dólares americanos destinados a este país enquanto se esperam pelos resultados dum inquérito sobre este escândalo.
Cerca de 40 porcento do orçamento anual do Malawi são financiados por doadores.
Segundo as conclusões desta auditoria, homens políticos e chefes de empresas, com a cumplicidade de funcionários, infiltram o sistema de gestão financeira do Governo, apagando os rastos das transações depois de receberem fundos desviados.
“Constatamos transferências de fundo entre empresas não têm nada a ver umas com outras. Levantamentos de fundos por indivíduos em contas de empresas com as quais não tem nenhuma relação e somas astronómicas depositadas a empresas sem que haja rastos», sublinha o relatório.
Ainda segundo o relatório, algumas empresas legalizadas desde maio de 2013 já começaram a efetuar transações com o Governo no quadro de contratos de vários milhões de dólares americanos.
Algumas empresas foram mesmo pagas sem terem prestado serviços ao Governo.
O relatório de auditaria não menciona os nomes das pessoas nem empresas implicadas neste escândalo mas pelo menos 70 pessoas comparecem neste momento diante de tribunais para responderem às acusações de fraude e de desvios ligadas a este escândalo denominado «cashgate» pela imprensa do Malawi.
Segundo um inquérito da Comissão Católica para a Justiça e Paz e do Instituto Democrático Nacional (NDI), o « cashgate » vai desempenhar um papel essencial nas eleições.
Por outro lado, as organizações da sociedade civil, sob a liderança da Grande Coligação, prevêm organizar manifestações à escala nacional, quinta-feira, para protestar contra o tratamento do caso do « cashgate » e a venda controversa dum avião presidencial.
Artigos divulgados na imprensa indicam que a venda (por 15 milhões de dólares americanos) deste aparelho a uma empresa das Ihas Virgens não pode ser despistada já que a transação não foi feita pela conta número um do Banco Central como é normalmente o caso.
O ex-Presidente Bingu wa Mutharika procedeu à compra controversa deste avião nos Estados Unidos por 22 milhões de dólares americanos.
A Grã Bretanha, em sinal de protesto, reduziu a sua ajuda anual para três milhões de dólares por considerar que uma parte da sua ajuda financiou a aquisição do aparelho.
À sua acessão ao poder, a Presidente Banda prometeu vender o avião porque a sua manutenção estava demasiado custosa.
-0- PANA RT/VAO/FJG/AAS/IBA/MAR/DD 25FEV2014
Esta auditoria, efetuada pelo gabinete de perito-contabilista britânico, Baker Tilly, cobre o período de abril de 2012 a setembro de 2013.
Por coincidência, a Presidente malawiana, Joyce Banda, acedeu ao poder a 7 de abril de 2012, dois dias depois da morte brutal do seu antecessor, o então Presidente Bingu Wa Mutharika (de maio de 2004 a abril de 2012), causada por complicações dum ataque cardíaco.
Este escândalo foi revelado em setembro de 2013 após a tentativa de assassinato do então diretor do Orçamento do Ministério das Finanças, Paul Mphwiyo, que travava assim uma batalha contra a corrupção no seio do Governo.
Alguns dias antes, um simples funcionário foi surpreendido com mais de 300 mil dólares americanos na mala traseira do seu veículo, a semelhança de outras somas igualmente apreendidas em idênticas circunstâncias.
Em reação a estes factos, os doadores de fundos do Malawi reagiram suspenderam uma ajuda de 150 milhões de dólares americanos destinados a este país enquanto se esperam pelos resultados dum inquérito sobre este escândalo.
Cerca de 40 porcento do orçamento anual do Malawi são financiados por doadores.
Segundo as conclusões desta auditoria, homens políticos e chefes de empresas, com a cumplicidade de funcionários, infiltram o sistema de gestão financeira do Governo, apagando os rastos das transações depois de receberem fundos desviados.
“Constatamos transferências de fundo entre empresas não têm nada a ver umas com outras. Levantamentos de fundos por indivíduos em contas de empresas com as quais não tem nenhuma relação e somas astronómicas depositadas a empresas sem que haja rastos», sublinha o relatório.
Ainda segundo o relatório, algumas empresas legalizadas desde maio de 2013 já começaram a efetuar transações com o Governo no quadro de contratos de vários milhões de dólares americanos.
Algumas empresas foram mesmo pagas sem terem prestado serviços ao Governo.
O relatório de auditaria não menciona os nomes das pessoas nem empresas implicadas neste escândalo mas pelo menos 70 pessoas comparecem neste momento diante de tribunais para responderem às acusações de fraude e de desvios ligadas a este escândalo denominado «cashgate» pela imprensa do Malawi.
Segundo um inquérito da Comissão Católica para a Justiça e Paz e do Instituto Democrático Nacional (NDI), o « cashgate » vai desempenhar um papel essencial nas eleições.
Por outro lado, as organizações da sociedade civil, sob a liderança da Grande Coligação, prevêm organizar manifestações à escala nacional, quinta-feira, para protestar contra o tratamento do caso do « cashgate » e a venda controversa dum avião presidencial.
Artigos divulgados na imprensa indicam que a venda (por 15 milhões de dólares americanos) deste aparelho a uma empresa das Ihas Virgens não pode ser despistada já que a transação não foi feita pela conta número um do Banco Central como é normalmente o caso.
O ex-Presidente Bingu wa Mutharika procedeu à compra controversa deste avião nos Estados Unidos por 22 milhões de dólares americanos.
A Grã Bretanha, em sinal de protesto, reduziu a sua ajuda anual para três milhões de dólares por considerar que uma parte da sua ajuda financiou a aquisição do aparelho.
À sua acessão ao poder, a Presidente Banda prometeu vender o avião porque a sua manutenção estava demasiado custosa.
-0- PANA RT/VAO/FJG/AAS/IBA/MAR/DD 25FEV2014
