Mais de 14 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda no Sahel, diz OCHA
Ouagadougou, Burkina Faso (PANA) – Mais de 14 milhões de pessoas estão em situação de insegurança alimentar aguda no Sahel, ou seja , o duplo do ano anterior, anunciou, nesta terça-feira, o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA).
De acordo com um comunicado da referida instituição, cerca de 31 milhões 400 mil pessoas precisam de uma ajuda humanitária, das quais 22 milhões 200 mil identificadas por agências humanitárias.
A insegurança aumentou no centro do Sahel, nomeadamente no Burkina Faso, no Mali, no oeste do Níger, com o número de pessoas deslocadas no interior do país multiplicado por 20 desde 2018.
Além disso, incursões violentas, prevalecentes na província da bacia do Lago Tchad, continuam a aumentar deslocações internas e necessidades humanitárias.
Atualmente, o nordeste da Nigéria e o Burkina Faso estão confrontados com o risco de fome, de acordo com uma análise de alerta rápido da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM), sublinha a nota.
Apesar do nível massivo de necessidades humanitárias no Sahel, foram disponibilizados apenas 46 por cento dos seis biliões 300 milhões de dólares americanos necessários para responder a necessidades imediatas em 2020, incluindo para a riposta ao coronavírus (covid-19), segundo a nota.
O OCHA alerta que, este ano, as necessidades humanitárias vão de novo aumentar no Sahel.
A ação humanitária, incluindo alimentos, abrigo, educação, proteção e serviços médicos, é importante, não apenas porque ela salva várias vidas, mas também porque ela envia uma mensagem às pessoas para se preocuparem com o que acontece no Sahel, lembrou a fonte.
"Sobretudo, a paz, a boa governação e o desenvolvimento são necessários para darem uma mudança significativa à vida de vários milhões de pessoas no sul”, concluiu a nota.
-0- PANA TNDD/JSG/FK/DD 19jan2021