Mais de $ 11 milhões disponíveis para indemnização de vítimas de violência política no Togo
Lomé, Togo (PANA) - O Alto Comissariado para a Reconciliação e Reforço da Unidade Nacional (HCRRUN), acaba de desembolsar quase sete biliões de francos CFA (mais de 11 milhões de dólares americanos) para indemnizar sete mil 660 vítimas de violências políticas, durante a segunda fase do processo, soube a PANA segunda-feira de fontes próximas da instituição, em Lomé.
Segundo esta instituição criada em agosto de 2013 para operacionalizar dossiês das vítimas dos atos políticos no Togo desde os anos da independência até 2005, o número de vítimas que beneficiou desta indemnização é 34,71 porcento de 22 mil 415 pessoas recenseadas pela Comissão Verdade Justiça e Reconciliação (CVJR).
Estas despesas têm em conta os custos de funcionamento e assistência médico-psicológica, bem como os recursos concedidos às vítimas de atos de violência.
O HCRRUN deplora, além disso, fraudes por parte de falsas vítimas, maioritariamente desmanteladas pelas forças de segurança na sequência de inquéritos minuciosos.
Na sequência de atos de violência que marcaram a controversa eleição à magistratura suprema de Faure Gnassingbé em 2005, logo após a morte do seu pai, Gnassingbé Eyadéma, registaram-se pelo menos 500 mortos e vários milhares de feridos, segundo um inquérito das Nações Unidas.
Assim, a CVJR foi criada a 25 de maio de 2009 e empossada quatro dias mais tarde, como o mandato de realizar inquéritos sobre atos de violência política que marcaram a vida sociopolítica do Togo, de 1958 a 2005, e "propor medidas suscetíveis de favorecer o perdão e a reconciliação nacional.”
Esta instituição entregou, em agosto de 2012, ao Presidente Faure Essozimna Gnassingbé, o Livro Branco com o objetivo de permitir ao seu Governo elaborar um programa de indemnização a favor das vítimas, refere-se.
O Governo criou então, em 2013, o CHRRUN para operacionalizar as recomendações da CVJR.
-0- PANA FAA/IS/SOC/FK/DD 3set2019