PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Macky Sall instado a tirar do fundo do mar navio "Le Joola" afundado ao largo da Gâmbia
Paris, França (PANA) – Um dos responsáveis da Associação das Vítimas Senegalesas do navio "Le Joola" (afundado em setembro de 2012) em França (AVSJF), Ba Sagna, apelou terça-feira em Paris ao Presidente senegalês, Macky Sall, para autorizar o desencalhe deste navio.
Durante uma entrevista à PANA em Paris, Sagna considerou que se for feito, este gesto será a prova duma ruptura com o regime precedente (Abdoulaye Wade de 2000 a 2012) à frente do Senegal.
"Um Estado normal e credível deve dizer a verdade aos seus cidadãos. Ele deve ser capaz de dizer o que se passou exatamente a 26 de setembro de 2002. Consideramos que, neste quadro, o Presidente Sall deve autorizar o desencalho do navio para nós permitir começar, verdadeiramente, o nosso trabalho de luto", disse.
"Sabemos que Macky Sall estava no Governo na altura. Todavia, consideramos que o Estado do Senegal deve dizer a verdade às famílias das vítimas", acrescentou o representante da AVSJF apelando igualmente às autoridades do seu país para reiniciarem o censo das famílias enlutadas.
A seu ver, a operação precedente não foi transparente.
"Sob o regime de Abdoulaye Wade, o censo foi estabelecido conforme o desejo do cliente. Fala-se de mil 800 mortos aqui; evoca-se uma outra cifra acolá sem que ninguém esteja em condições de dizer onde está a verdade. Pedimos agora um censo claro e transparente das famílias das vítimas", insistiu Sagna.
Cerca de mil 863 pessoas morreram a 26 de setembro de 2002 a bordo do navio "Le Joola", quando este último, que garantia a ligação entre Ziguinchor, a principal cidade de Casamança (sul do Senegal) e Dakar, a capital do país), se afundou ao largo da Gâmbia.
Uma informação judiciária aberta pela Procuradoria de Evry, região parisiense, levou ao lançamento de nove mandados de captura contra figuras senegalesas, entre as quais a então primeira-ministra, Mame Madior Boye, e o então chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Senegalesas, o general Babacar Gaye.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 30out2012
Durante uma entrevista à PANA em Paris, Sagna considerou que se for feito, este gesto será a prova duma ruptura com o regime precedente (Abdoulaye Wade de 2000 a 2012) à frente do Senegal.
"Um Estado normal e credível deve dizer a verdade aos seus cidadãos. Ele deve ser capaz de dizer o que se passou exatamente a 26 de setembro de 2002. Consideramos que, neste quadro, o Presidente Sall deve autorizar o desencalho do navio para nós permitir começar, verdadeiramente, o nosso trabalho de luto", disse.
"Sabemos que Macky Sall estava no Governo na altura. Todavia, consideramos que o Estado do Senegal deve dizer a verdade às famílias das vítimas", acrescentou o representante da AVSJF apelando igualmente às autoridades do seu país para reiniciarem o censo das famílias enlutadas.
A seu ver, a operação precedente não foi transparente.
"Sob o regime de Abdoulaye Wade, o censo foi estabelecido conforme o desejo do cliente. Fala-se de mil 800 mortos aqui; evoca-se uma outra cifra acolá sem que ninguém esteja em condições de dizer onde está a verdade. Pedimos agora um censo claro e transparente das famílias das vítimas", insistiu Sagna.
Cerca de mil 863 pessoas morreram a 26 de setembro de 2002 a bordo do navio "Le Joola", quando este último, que garantia a ligação entre Ziguinchor, a principal cidade de Casamança (sul do Senegal) e Dakar, a capital do país), se afundou ao largo da Gâmbia.
Uma informação judiciária aberta pela Procuradoria de Evry, região parisiense, levou ao lançamento de nove mandados de captura contra figuras senegalesas, entre as quais a então primeira-ministra, Mame Madior Boye, e o então chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Senegalesas, o general Babacar Gaye.
-0- PANA SEI/JSG/IBA/CJB/DD 30out2012