PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
MPLA continua isolado nos resultados de eleições gerais angolanas
Luanda, Angola (PANA) - O partido no poder em Angola, o MPLA do Presidente cessante e candidato à sua própria sucessão, José Eduardo dos Santos, continua isolado nos resultados provisórios das eleições gerais de 31 de agosto último com 72,24 porcento dos votos contra os 18,47 porcento do seu principal rival, a UNITA de Isaías Samakuva.
Segundo a última atualização dos resultados da Comissão Nacional Eleitoral, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) lidera a preferência do eleitorado com três milhões 752 mil e 628 dos votos de um total de cinco milhões 235 mil e 758 sufrágios correspondentes a 90,81 porcento das mesas de voto já escrutinadas.
Na segunda posição, a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) teria beneficiado do apoio de 967 mil 278 eleitores à frente da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) com 309 mil 559 sufrágios ou 5,91 porcento, do Partido de Renovação Social (PRS) com nove mil e 227 votos ou 1,72 porcento e da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) com cinco mil e 683 votos ou 1,07 porcento.
Seguem-se as quatro últimas formações políticas situadas muito abaixo de um porcento e ficam assim condenadas à extinção em virtude de uma imposição constitucional que fixa uma votação mínima de 0,5 porcento para a sobrevivência dos partidos políticos ou coligações concorrentes em eleições gerais.
Trata-se da coligação Nova Democracia União Eleitoral (ND-UE, 0,20 porcento), do Partido Popular para o Desenvolvimento
(PAPOD, 0,13 porcento), da Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA, 0,13 porcento) e do Conselho Político da Oposição (CPO, 0,09 porcento).
Para estas eleições, foram inscritos no total nove milhões 757 mil e 671 eleitores nas 18 províncias que compõem o país, para eleger os 220 deputados à Assembleia Nacional (AN, Parlamento), um Presidente e um Vice-Presidente da República.
Segundo a Constituição angolana, a formação política vencedora ganha um mandato governativo de cinco anos, e os primeiros nomes da sua lista de deputados correspondem automaticamente aos postos de Presidente e Vice-Presidente da República.
O MPLA concorre com uma lista de candidatos a deputado liderada por José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, seguido do seu ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Vicente, que foi durante muitos anos presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera estatal, a Sociedade Nacional de Combustíveis (Sonangol).
Eduardo dos Santos chegou ao poder em setembro de 1979 depois da morte por doença do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto (1975-1979), que foi também presidente do MPLA ainda no contexto de partido único.
O monopartidarismo vigorou no país até maio de 1991, quando cedeu finalmente à democracia multipartidária após intensas negociações com a então rebelião armada conduzida pela UNITA de Jonas Savimbi.
As eleições de 31 de agosto último foram as terceiras no país desde a independência nacional em 11 de novembro de 1975.
As primeiras foram em setembro de 1992 e deram maioria absoluta ao MPLA, mas a UNITA, então dirigida por Jonas Savimbi, rejeitou os resultados eleitorais alegando "fraude generalizada", e a crise subsequente conduziu o país a uma nova guerra civil terminada com a morte deste último em 22 de fevereiro de 2002.
O escrutínio ficou inconclusivo, depois que o novo conflito armado inviabilizou a realização da segunda volta do sufrágio que devia opor Eduardo dos Santos a Jonas Savimbi, os dois candidatos mais votados na segunda volta mas sem a maioria legalmente necessária para se ser eleito Presidente da República.
Os Angolanos voltaram às urnas pela segunda vez, em setembro de 2008, apenas para eleições legislativas então ganhas também pelo MPLA com 81,64 porcento dos votos ou 191 dos 220 assentos de deputados da legislatura que agora termina, contra 10,39 porcento da UNITA (16 deputados), 3,17 porcento do PRS (oito deputados), 1,20 da ND-UE (dois deputados) e 1,11 da FNLA (três deputados).
-0- PANA IZ 3set2012
Segundo a última atualização dos resultados da Comissão Nacional Eleitoral, o MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola) lidera a preferência do eleitorado com três milhões 752 mil e 628 dos votos de um total de cinco milhões 235 mil e 758 sufrágios correspondentes a 90,81 porcento das mesas de voto já escrutinadas.
Na segunda posição, a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) teria beneficiado do apoio de 967 mil 278 eleitores à frente da Convergência Ampla de Salvação de Angola (CASA-CE) com 309 mil 559 sufrágios ou 5,91 porcento, do Partido de Renovação Social (PRS) com nove mil e 227 votos ou 1,72 porcento e da Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) com cinco mil e 683 votos ou 1,07 porcento.
Seguem-se as quatro últimas formações políticas situadas muito abaixo de um porcento e ficam assim condenadas à extinção em virtude de uma imposição constitucional que fixa uma votação mínima de 0,5 porcento para a sobrevivência dos partidos políticos ou coligações concorrentes em eleições gerais.
Trata-se da coligação Nova Democracia União Eleitoral (ND-UE, 0,20 porcento), do Partido Popular para o Desenvolvimento
(PAPOD, 0,13 porcento), da Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA, 0,13 porcento) e do Conselho Político da Oposição (CPO, 0,09 porcento).
Para estas eleições, foram inscritos no total nove milhões 757 mil e 671 eleitores nas 18 províncias que compõem o país, para eleger os 220 deputados à Assembleia Nacional (AN, Parlamento), um Presidente e um Vice-Presidente da República.
Segundo a Constituição angolana, a formação política vencedora ganha um mandato governativo de cinco anos, e os primeiros nomes da sua lista de deputados correspondem automaticamente aos postos de Presidente e Vice-Presidente da República.
O MPLA concorre com uma lista de candidatos a deputado liderada por José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979, seguido do seu ministro de Estado da Coordenação Económica, Manuel Vicente, que foi durante muitos anos presidente do Conselho de Administração da empresa petrolífera estatal, a Sociedade Nacional de Combustíveis (Sonangol).
Eduardo dos Santos chegou ao poder em setembro de 1979 depois da morte por doença do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto (1975-1979), que foi também presidente do MPLA ainda no contexto de partido único.
O monopartidarismo vigorou no país até maio de 1991, quando cedeu finalmente à democracia multipartidária após intensas negociações com a então rebelião armada conduzida pela UNITA de Jonas Savimbi.
As eleições de 31 de agosto último foram as terceiras no país desde a independência nacional em 11 de novembro de 1975.
As primeiras foram em setembro de 1992 e deram maioria absoluta ao MPLA, mas a UNITA, então dirigida por Jonas Savimbi, rejeitou os resultados eleitorais alegando "fraude generalizada", e a crise subsequente conduziu o país a uma nova guerra civil terminada com a morte deste último em 22 de fevereiro de 2002.
O escrutínio ficou inconclusivo, depois que o novo conflito armado inviabilizou a realização da segunda volta do sufrágio que devia opor Eduardo dos Santos a Jonas Savimbi, os dois candidatos mais votados na segunda volta mas sem a maioria legalmente necessária para se ser eleito Presidente da República.
Os Angolanos voltaram às urnas pela segunda vez, em setembro de 2008, apenas para eleições legislativas então ganhas também pelo MPLA com 81,64 porcento dos votos ou 191 dos 220 assentos de deputados da legislatura que agora termina, contra 10,39 porcento da UNITA (16 deputados), 3,17 porcento do PRS (oito deputados), 1,20 da ND-UE (dois deputados) e 1,11 da FNLA (três deputados).
-0- PANA IZ 3set2012