PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
MEND condena bombardeamentos da NATO na Líbia
Lagos, Nigéria (PANA) – O Movimento Nigeriano para a Emancipação do Delta do Níger (MEND) anunciou a retomada brevemente dos seus ataques contra as plataformas petrolíferas para protestar contra a continuação do desdobramento de tropas na região e os bombardeamentos ocidentais na Líbia.
Num comunicado na internet, o porta-voz do MEND, Jomo Gbomo, designou o gigante petroleiro italiano ENI como um dos seus alvos potenciais devido ao seu presumível envolvimento nos raides na Líbia, sob a égide da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
«O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND) constata com indignação o envolvimento do grupo italiano ENI nos ataques contra cidadãos líbios inocentes pelos países ocidentais cujo objetivo secreto é pilhar recursos mineiros deste país.
«O grupo ENI participou ativamente na pilhagem do petróleo no Delta do Níger durante décadas, ajudando o Exército nigeriano, na sua tática da terra queimada e de genocídio contra cidadãos do Delta do Níger que reclamam pela justiça. ENI e as suas filiais apenas são gatunos e oportunistas», segundo o comunicado.
O MEND condenou o que ele considera como a política de dois pesos duas medidas do Ocidente, que declarou que os seus ataques na Líbia têm por objetivo proteger populações civis.
«Porque estes países ocidentais ignoraram os bombardeamentos de aldeias e de civis no Delta do Níger pelo Exército nigeriano? Se caçar ditadores de África é a sua campanha porque mantêm boas relações com os ditadores de Angola e da Guiné-Equatorial?, interrogou-se o fo porta-voz citado no texto.
"Por solidariedade com o povo oprimido da Libia, juramos doravante destruir completamente todos os investimentos do grupo ENI na Nigéria e convidamos toda África a fazer o mesmo", declarou o MEND.
As atividades militantes conheceram uma certa acalmia no Delta do Níge desde o programa bem sucedido de amnistia no quadro do qual combatentes depuseram armas.
Esperava-se que esta paz relativa na região petrolífera fosse mantida após as eleições em abril último do Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, originário desta região.
Mas o MEND indicou que as companhias petrolíferas que operam no Delta do Níger não deviam enganar-se com esta acalmia que « apenas é uma calma que antecede uma violenta tempestade ».
«Todas as companhias que pilham o Delta do Níger devem aproveitar enquanto é ainda tempo, porque o fim da opressão, da escravidão e da pilhagem do Delta do Níger está próximo », segundo o MEND.
O comunicado acrescentou que o MEND e outros grupos do Delta do Níger não têm nenhum respeito para Jonathan « ou o seu grupo de dirigentes africanos fracos e marionetas de Governos ocidentais ».
-0- PANA SEG/JSG/MAR/DD 7junho2011
Num comunicado na internet, o porta-voz do MEND, Jomo Gbomo, designou o gigante petroleiro italiano ENI como um dos seus alvos potenciais devido ao seu presumível envolvimento nos raides na Líbia, sob a égide da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
«O Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND) constata com indignação o envolvimento do grupo italiano ENI nos ataques contra cidadãos líbios inocentes pelos países ocidentais cujo objetivo secreto é pilhar recursos mineiros deste país.
«O grupo ENI participou ativamente na pilhagem do petróleo no Delta do Níger durante décadas, ajudando o Exército nigeriano, na sua tática da terra queimada e de genocídio contra cidadãos do Delta do Níger que reclamam pela justiça. ENI e as suas filiais apenas são gatunos e oportunistas», segundo o comunicado.
O MEND condenou o que ele considera como a política de dois pesos duas medidas do Ocidente, que declarou que os seus ataques na Líbia têm por objetivo proteger populações civis.
«Porque estes países ocidentais ignoraram os bombardeamentos de aldeias e de civis no Delta do Níger pelo Exército nigeriano? Se caçar ditadores de África é a sua campanha porque mantêm boas relações com os ditadores de Angola e da Guiné-Equatorial?, interrogou-se o fo porta-voz citado no texto.
"Por solidariedade com o povo oprimido da Libia, juramos doravante destruir completamente todos os investimentos do grupo ENI na Nigéria e convidamos toda África a fazer o mesmo", declarou o MEND.
As atividades militantes conheceram uma certa acalmia no Delta do Níge desde o programa bem sucedido de amnistia no quadro do qual combatentes depuseram armas.
Esperava-se que esta paz relativa na região petrolífera fosse mantida após as eleições em abril último do Presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, originário desta região.
Mas o MEND indicou que as companhias petrolíferas que operam no Delta do Níger não deviam enganar-se com esta acalmia que « apenas é uma calma que antecede uma violenta tempestade ».
«Todas as companhias que pilham o Delta do Níger devem aproveitar enquanto é ainda tempo, porque o fim da opressão, da escravidão e da pilhagem do Delta do Níger está próximo », segundo o MEND.
O comunicado acrescentou que o MEND e outros grupos do Delta do Níger não têm nenhum respeito para Jonathan « ou o seu grupo de dirigentes africanos fracos e marionetas de Governos ocidentais ».
-0- PANA SEG/JSG/MAR/DD 7junho2011