PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Lojas fechadas em mercado de Conakry em protesto contra irregularidades de Governo
Conakry, Guiné (PANA) - A maioria das lojas do Mercado Níger, no centro da comuna de Kaloum, sede de serviços, comércios e negócios, na capital guineense, fecharam as suas portas, em resposta ao apelo dos partidos da oposição que organizaram uma marcha pacífica para denunciar "irregularidades" do Governo, constatou a PANA no local.
As lojas e os comércios pertencem na sua maioria aos Fula (etnia de pastores predominantemente muçulmanos repartidos na África Ocidental), militantes incondicionais da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG) de Cellou Dalein Diallo (candidato derrotado nas eleições presidenciais de dezembro último), um dos membros influentes do coletivo que conseguiu, em certos lugares da cidade, apesar da proibição dosdecisores públicos, mobilizar os seus militantes.
As ruas permaneceram desesperadamente vazias e o trânsito estava muito mais fluído do que de costume em Conakry onde as pessoas que conseguiram deslocar-se a Kaloum encontraram dificuldades para regressar às suas casas devido praticamente à ausência de taxistas, Fula também na maioria e militantes da UFDG.
Segundo várias testemunhas contactadas pela PANA, confrontos eclodiram em alguns lugares do alto subúrbio, nomeadamente nos bairros de Bambeto e Hamdallaye, reputados de ser feudos da UFDG, onde os militantes atiraram pedras a elementos da Gendarmaria e da Polícia encarregues da manutenção da ordem, que finalmente acabaram por capturar alguns deles.
O chefe do Estado-Maior do Exército, o general Boundounka Condé, ordenou, segunda-feira última, durante um grande comício em Camp Alpha Yaya Diallo (principal campo militar da Guiné Conakry), aos soldados para permenecerem nos seus postos e deixarem a Polícia e a Gendarmaria cuidarem da manutenção da ordem para que "nunca mais os militares sejam associados às matanças".
De facto, os militares tinham sido acusados de ter reprimido com violência, a 28 de setembro de 2009, uma manifestação pacífica da oposição num estádio de Conakrym fazendo mais de 100 mortos.
O encontro entre o primeiro-ministro, Mohamed Saïd Fofana, e os membros do coletivo, segunda-feira à noite, não permitiu ultrapassar divergências e os organizadores da "marcha pacífica" declararam-se prontos para renunciar à sua manifestação se "o Governo aceitar imediatamente iniciar negociações francas e diretas sobre os preparativos da organização das legislativas, previstas para dezembro próximo".
O coletivo denuncia "o censo integral" dos eleitores em vez de uma "correção menor" do ficheiro eleitoral, exigigindo a restruturação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), o regresso aos seus postos dos conselheiros municipais, exonerados pelas novas autoridades que consideram expirado, há vários meses, o seu mandato de cinco anos .
-0- PANA AC/TBM/CJB/DD 27set2011
As lojas e os comércios pertencem na sua maioria aos Fula (etnia de pastores predominantemente muçulmanos repartidos na África Ocidental), militantes incondicionais da União das Forças Democráticas da Guiné (UFDG) de Cellou Dalein Diallo (candidato derrotado nas eleições presidenciais de dezembro último), um dos membros influentes do coletivo que conseguiu, em certos lugares da cidade, apesar da proibição dosdecisores públicos, mobilizar os seus militantes.
As ruas permaneceram desesperadamente vazias e o trânsito estava muito mais fluído do que de costume em Conakry onde as pessoas que conseguiram deslocar-se a Kaloum encontraram dificuldades para regressar às suas casas devido praticamente à ausência de taxistas, Fula também na maioria e militantes da UFDG.
Segundo várias testemunhas contactadas pela PANA, confrontos eclodiram em alguns lugares do alto subúrbio, nomeadamente nos bairros de Bambeto e Hamdallaye, reputados de ser feudos da UFDG, onde os militantes atiraram pedras a elementos da Gendarmaria e da Polícia encarregues da manutenção da ordem, que finalmente acabaram por capturar alguns deles.
O chefe do Estado-Maior do Exército, o general Boundounka Condé, ordenou, segunda-feira última, durante um grande comício em Camp Alpha Yaya Diallo (principal campo militar da Guiné Conakry), aos soldados para permenecerem nos seus postos e deixarem a Polícia e a Gendarmaria cuidarem da manutenção da ordem para que "nunca mais os militares sejam associados às matanças".
De facto, os militares tinham sido acusados de ter reprimido com violência, a 28 de setembro de 2009, uma manifestação pacífica da oposição num estádio de Conakrym fazendo mais de 100 mortos.
O encontro entre o primeiro-ministro, Mohamed Saïd Fofana, e os membros do coletivo, segunda-feira à noite, não permitiu ultrapassar divergências e os organizadores da "marcha pacífica" declararam-se prontos para renunciar à sua manifestação se "o Governo aceitar imediatamente iniciar negociações francas e diretas sobre os preparativos da organização das legislativas, previstas para dezembro próximo".
O coletivo denuncia "o censo integral" dos eleitores em vez de uma "correção menor" do ficheiro eleitoral, exigigindo a restruturação da Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI), o regresso aos seus postos dos conselheiros municipais, exonerados pelas novas autoridades que consideram expirado, há vários meses, o seu mandato de cinco anos .
-0- PANA AC/TBM/CJB/DD 27set2011