Agência Panafricana de Notícias

Líderes da CEMAC reúnem-se no Congo

Brazzaville- Congo (PANA) -- O chefe de Estado congolês, Denis Sassou Nguesso, abriu segunda-feira, em Brazzaville, uma conferência extraordinária da Comunidade Económica e Monetária da África Central (CEMAC), consagrada à avaliação das decisões da Cimeira de Bangui (República Centroafricana) organizada em Janeiro passado.
"É o que vamos empreender durante esta conferência extraordinária que, no essencial, será consagrada ao aprofundamento de dois pontos névrálgicos: às modalidades de aplicação dos princípios da rotação dos Estados-membros por ordem alfabética e a situação do BEAC (Banco dos Estados da África Central)", declarou o Presidente Sassou Nguesso.
Os Presidentes François Bozizé da República Centroafricana, Paul Biya dos Camarões, Ali Bongo Ondimba do Gabão, Teodoro Obiang Nguema da Guiné Equatorial e Idriss Déby Itno do Tchad chegaram domingo a Brazzaville para participar nesta Cimeira que, segundo os organizadores, deve também analisar o processo de instauração do passaporte comunitário e da companhia Air CEMAC.
Brazzaville foi designada para acolher a sede da Air CEMAC e negociações estão em curso com o parceiro estratégico, South Africa Airways (SAA), indicou o presidente da Comissão da CEMAC, Antoine Nsimi.
"Hoje devemos ir mais longe na nossa vontade partilhada de sanear o clima geral no seio do BEAC para que o nosso esforço coletivo não seja comprometido", insistiu Sassou Nguesso.
Numa reunião em Janeiro passado em Bangui, os Presidentes dos países da CEMAC concluíram o processo de Fort-Lamy de 1973 que confiava o posto de governador do BEAC ao Gabão.
Este voltou desde então à Guiné Equatorial.
Sassou Nguesso saudou igualmente a instauração, em Abril passado, do Parlamento Comunitário que tem, entre outras vocações, "promover a integração e o diálogo entre os povos, a democracia participativa, o Estado de Direito, as liberdades e os direitos fundamentais na África Central".
"Esforços reiterados e perseverantes são à altura da nossa vontade afirmada de construir na África Central uma comunidade forte, viável e solidária", indicou.