PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líder do partido no poder aborda crise política na África do Sul
Cidade do Cabo, África do Sul (PANA) - Cyril Ramaphosa, o dirigente do Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, exprimiu quarta-feira a sua preocupação face à vacatura política extraordinária criada pela recusa do Presidente sul-africano, Jacob Zuma, de deixar o poder.
A reação de Ramaphosa segue-se à decisão de adiar, pela primeira vez na história do país, o discurso sobre o estado da nação que, em princípio, deveria ser pronunciado esta quinta-feira e ao adiamento duma reunião especial do Comité Executivo Nacional do ANC, onde Zuma deveria ser interpelado.
Há cada vez mais rumores segundo os quais Zuma busca uma amnistia para 783 acusações de fraude, de branqueamento de capitais e de roubo contra si, indica-se.
Num comunicado transmitido à PANA, Ramaphosa declarou-se "consciente de que a incerteza em torno da posição do chefe de Estado e do Governo é uma fonte de preocupações para numerosos Sul-africanos".
Confirmou estar a discutir diretamente com Zuma sobre a transição e questões relativas ao seu futuro.
Sem aprofundar as suas discussões com Zuma, Ramaphosa disse-se todavia certo de que o processo desembocará num resultado satisfatório para o público.
O novo líder do ANC declarou por várias vezes "procurar sempre uma saída condigna" para Zuma que deixou um partido profundamente dividido, depois de numerosos escândalos ao mais alto nível do Estado.
Paralelamente, a Aliança Democrática (DA), a oposição oficial, pede agora que uma moção de destituição de Zuma seja votada com urgência, depois do adiamento do discurso do Presidente da República sobre o estado da nação.
"O Parlamento deve eleger um novo Presidente e isto deve ser feito por uma sessão especial do Parlamento na próxima semana. Uma coisa que não podemos adiar é demitir Jacob Zuma e eleger um novo Presidente. Isto deve ser feito na próxima semana", declarou o líder da DA, Mmusi Maimane.
Embora Zuma continue a ser o Presidente da África do Sul, já não é o líder do ANC.
Ironicamente, o seu antecessor, Thabo Mbeki, estava exatamente na mesma situação quando foi demitido das suas funções pelo ANC, o seu próprio partido, em 2008.
-0- PANA CU/VAO/MTA/BEH/SC/MAR/DD 08fev2018
A reação de Ramaphosa segue-se à decisão de adiar, pela primeira vez na história do país, o discurso sobre o estado da nação que, em princípio, deveria ser pronunciado esta quinta-feira e ao adiamento duma reunião especial do Comité Executivo Nacional do ANC, onde Zuma deveria ser interpelado.
Há cada vez mais rumores segundo os quais Zuma busca uma amnistia para 783 acusações de fraude, de branqueamento de capitais e de roubo contra si, indica-se.
Num comunicado transmitido à PANA, Ramaphosa declarou-se "consciente de que a incerteza em torno da posição do chefe de Estado e do Governo é uma fonte de preocupações para numerosos Sul-africanos".
Confirmou estar a discutir diretamente com Zuma sobre a transição e questões relativas ao seu futuro.
Sem aprofundar as suas discussões com Zuma, Ramaphosa disse-se todavia certo de que o processo desembocará num resultado satisfatório para o público.
O novo líder do ANC declarou por várias vezes "procurar sempre uma saída condigna" para Zuma que deixou um partido profundamente dividido, depois de numerosos escândalos ao mais alto nível do Estado.
Paralelamente, a Aliança Democrática (DA), a oposição oficial, pede agora que uma moção de destituição de Zuma seja votada com urgência, depois do adiamento do discurso do Presidente da República sobre o estado da nação.
"O Parlamento deve eleger um novo Presidente e isto deve ser feito por uma sessão especial do Parlamento na próxima semana. Uma coisa que não podemos adiar é demitir Jacob Zuma e eleger um novo Presidente. Isto deve ser feito na próxima semana", declarou o líder da DA, Mmusi Maimane.
Embora Zuma continue a ser o Presidente da África do Sul, já não é o líder do ANC.
Ironicamente, o seu antecessor, Thabo Mbeki, estava exatamente na mesma situação quando foi demitido das suas funções pelo ANC, o seu próprio partido, em 2008.
-0- PANA CU/VAO/MTA/BEH/SC/MAR/DD 08fev2018