PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líder da oposição pede Governo de União Nacional no Egito
Cairo, Egipto (PANA) – Mohammed El Baradei, um dos líderes da oposição egípcia, propôs sexta-feira no Cairo a formação de um Governo de União Nacional no Egito, depois da demissão do Presidente Hosni Mubarak após 30 de poder.
Declarando que aquela sexta-feira era "o dia mais feliz da sua vida", Baradei indicou que um tal Governo de União teria a missão de preparar o país para as eleições presidenciais previstas para setembro próximo.
O Presidente Mubarak confiou o poder a um Conselho Militar dirigido pelo Marechal Mohammed Tantaoui.
Entre os membros do Conselho figuram os generais Omar Suleiman, antigo chefe dos Serviços Secretos e atual Vice-Presidente da República; e Sami Anan, atual ministro da Defesa.
Explosões de alegria acolheram o anúncio pelo Vice-Presidente Omar Suleiman da demissão do Presidente Moubarak na televisão nacional.
Fogos de artifícios foram lançados na Praça Tahrir, teatro das manifestações maciças lançadas a 25 de janeiro último para exigir a demissão do Presidente Mubarak que deixou o Cairo para a cidade turística de Charm el Cheikh.
Dirigentes do mundo inteiro continuam a reagir aos acontecimentos da era pós-Mubarak.
Por exemplo, o primeiro-ministro britânico, David Cameroon, considera a instauração dum Governo de União Nacional uma « oportunidade preciosa » para lançar « as bases duma sociedade verdadeiramente democrática ».
Enquanto, Israel exprimiu o desejo de que a nova situação não afete o tratado de paz assinado com o Egito em 1979, o Presidente americano, Barack Obama, enalteceu os "protestos pacíficos" que puseram fim a 30 anos de poder autoritário no Egito, afirmando que os "Egípcios inspiraram o mundo com a sua mudança não violenta".
''Mais uma vez, o arco da história inclinou-se finalmente para a justiça (...) Os Egípcios inspiraram-nos com a sua força moral de não violência", declarou Obama num discurso televisivo a partir da Casa Branca, algumas horas após a resignação do Presidente Hosni Mubarak com a transferência do poder aos militares.
Na visão de Obama, "os jovens que ficaram a protestar durante 18 dias na Praça Tahrir (da Liberdade) mudaram o seu país e, com isso, mudaram o mundo inteiro".
"O presente pertence hoje ao povo do Egito e o povo americano está comovido pelos acontecimentos vividos no Cairo e em todo o território egípcio", declarou Obama, lembrando o uso da tecnologia moderna pelos manifestantes para congregar outros cidadãos a fim de protestarem.
Barack Obama declarou-se apologista de uma nova geração "que usa a criatividade, o talento e a tecnologia para exigir um governo que represente as suas esperanças e não os seus receios", afirmando que "o povo Egípcio falou, as suas vozes foram eouvidas e o Egito nunca mais voltará a ser o mesmo".
Por outro lado, Obama elogiou os militares egípcios por terem respondido "patriotica e responsavelmente" e instou-os a garantir eleições credíveis, prometendo que os Estados Unidos prestarão toda a assistência que for necessária para uma transição pacífica à democracia.
Prometeu igualmente que os Estados Unidos vão manter o seu apoio ao Egito e que continuarão a ser "um amigo e parceiro".
-0- PANA SEG/FJGAAS/SOC/MAR/IZ 11fev2011
Declarando que aquela sexta-feira era "o dia mais feliz da sua vida", Baradei indicou que um tal Governo de União teria a missão de preparar o país para as eleições presidenciais previstas para setembro próximo.
O Presidente Mubarak confiou o poder a um Conselho Militar dirigido pelo Marechal Mohammed Tantaoui.
Entre os membros do Conselho figuram os generais Omar Suleiman, antigo chefe dos Serviços Secretos e atual Vice-Presidente da República; e Sami Anan, atual ministro da Defesa.
Explosões de alegria acolheram o anúncio pelo Vice-Presidente Omar Suleiman da demissão do Presidente Moubarak na televisão nacional.
Fogos de artifícios foram lançados na Praça Tahrir, teatro das manifestações maciças lançadas a 25 de janeiro último para exigir a demissão do Presidente Mubarak que deixou o Cairo para a cidade turística de Charm el Cheikh.
Dirigentes do mundo inteiro continuam a reagir aos acontecimentos da era pós-Mubarak.
Por exemplo, o primeiro-ministro britânico, David Cameroon, considera a instauração dum Governo de União Nacional uma « oportunidade preciosa » para lançar « as bases duma sociedade verdadeiramente democrática ».
Enquanto, Israel exprimiu o desejo de que a nova situação não afete o tratado de paz assinado com o Egito em 1979, o Presidente americano, Barack Obama, enalteceu os "protestos pacíficos" que puseram fim a 30 anos de poder autoritário no Egito, afirmando que os "Egípcios inspiraram o mundo com a sua mudança não violenta".
''Mais uma vez, o arco da história inclinou-se finalmente para a justiça (...) Os Egípcios inspiraram-nos com a sua força moral de não violência", declarou Obama num discurso televisivo a partir da Casa Branca, algumas horas após a resignação do Presidente Hosni Mubarak com a transferência do poder aos militares.
Na visão de Obama, "os jovens que ficaram a protestar durante 18 dias na Praça Tahrir (da Liberdade) mudaram o seu país e, com isso, mudaram o mundo inteiro".
"O presente pertence hoje ao povo do Egito e o povo americano está comovido pelos acontecimentos vividos no Cairo e em todo o território egípcio", declarou Obama, lembrando o uso da tecnologia moderna pelos manifestantes para congregar outros cidadãos a fim de protestarem.
Barack Obama declarou-se apologista de uma nova geração "que usa a criatividade, o talento e a tecnologia para exigir um governo que represente as suas esperanças e não os seus receios", afirmando que "o povo Egípcio falou, as suas vozes foram eouvidas e o Egito nunca mais voltará a ser o mesmo".
Por outro lado, Obama elogiou os militares egípcios por terem respondido "patriotica e responsavelmente" e instou-os a garantir eleições credíveis, prometendo que os Estados Unidos prestarão toda a assistência que for necessária para uma transição pacífica à democracia.
Prometeu igualmente que os Estados Unidos vão manter o seu apoio ao Egito e que continuarão a ser "um amigo e parceiro".
-0- PANA SEG/FJGAAS/SOC/MAR/IZ 11fev2011