PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líder da Renamo acusado de violar acordo de cessação de hostilidades em Moçambique
Maputo, Moçambique (PANA) – O chefe da delegação negocial do Governo moçambicano, José Pacheco, acusou o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, de violar o acordo de cessação das hostilidades com os comícios que tem vindo a organizar pelo país.
“O acordo está a ser violado pelo presidente da Renamo nas suas deslocações às várias províncias, num ato premeditado, reiterado de incitação à violência”, disse Pacheco.
Explicou que, numa fase em que os órgãos competentes ainda estão a analisar os dossiês do processo eleitoral, “eis que vemo-lo quase a subir na posição desses mesmos órgãos e, pior do que isso, a incitar à violência, a desinformar sobre a realidade política económica e social do nosso país”.
Pacheco, que é igualmente ministro da Agricultura, falava no fim da 89ª ronda do diálogo político havida segunda-feira, em Maputo, caraterizada por mais um impasse devido a divergências sobre a integração dos homens residuais da Renamo, principal partido da oposição.
“Repudiamos esse comportamento e, mais uma vez, apelamos ao presidente da Renamo a observar a nossa Constituição da República, e para que assuma e respeite os compromissos que ele próprio assinou”, sublinhou o ministro.
Segundo Pacheco, o acordo de cessação das hostilidades prevê o fim das hostilidades militares e de pronunciamentos de violência e hostilidades contra o Estado e instituições juridicamente estabelecidas.
“Ele está, de forma constante, a proferir discursos que constituem injúria e incitação à violência”, disse Pacheco.
Sobre a integração dos homens residuais do antigo movimento rebelde, Pacheco disse que a Renamo continua a condicionar o processo a promoções para posições de chefia e comando das Forças de Defesa e Segurança.
“Em relação ao terceiro ponto da nossa agenda, referente à despartidarização (do Aparelho do Estado) ainda estamos a fazer consultas internas para efeitos de conclusão do documento que será usado para a declaração de princípios das matérias relacionadas com o assunto”, disse.
Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, refutou as acusações de Pacheco, afirmando que, nos seus comícios, o líder da Renamo está apenas a apelar aos aos cidadãos moçambicanos para manterem a calma.
“Para o conhecimento do povo moçambicano e da comunidade internacional, queremos reiterar que Sua Excelência Afonso Dhlakama, em nenhum momento violou o acordo. Ele está apelando à calma de todos os Moçambicanos. Sua Excelência em nenhum momento violou o acordo".
Num outro desenvolvimento, Macuiana disse que a sua organização não quer acreditar que um Estado organizado tenha órgãos eleitorais que em tempo útil não consigam apresentar os editais.
"Alguém vai dizer que as eleições foram organizadas. Entendemos que a Procuradoria (Geral da República) devia fazer um trabalho para perceber como este órgão não consegue apresentar os editais”.
-0- PANA AIM/HT/SG/IZ 16dez2014
“O acordo está a ser violado pelo presidente da Renamo nas suas deslocações às várias províncias, num ato premeditado, reiterado de incitação à violência”, disse Pacheco.
Explicou que, numa fase em que os órgãos competentes ainda estão a analisar os dossiês do processo eleitoral, “eis que vemo-lo quase a subir na posição desses mesmos órgãos e, pior do que isso, a incitar à violência, a desinformar sobre a realidade política económica e social do nosso país”.
Pacheco, que é igualmente ministro da Agricultura, falava no fim da 89ª ronda do diálogo político havida segunda-feira, em Maputo, caraterizada por mais um impasse devido a divergências sobre a integração dos homens residuais da Renamo, principal partido da oposição.
“Repudiamos esse comportamento e, mais uma vez, apelamos ao presidente da Renamo a observar a nossa Constituição da República, e para que assuma e respeite os compromissos que ele próprio assinou”, sublinhou o ministro.
Segundo Pacheco, o acordo de cessação das hostilidades prevê o fim das hostilidades militares e de pronunciamentos de violência e hostilidades contra o Estado e instituições juridicamente estabelecidas.
“Ele está, de forma constante, a proferir discursos que constituem injúria e incitação à violência”, disse Pacheco.
Sobre a integração dos homens residuais do antigo movimento rebelde, Pacheco disse que a Renamo continua a condicionar o processo a promoções para posições de chefia e comando das Forças de Defesa e Segurança.
“Em relação ao terceiro ponto da nossa agenda, referente à despartidarização (do Aparelho do Estado) ainda estamos a fazer consultas internas para efeitos de conclusão do documento que será usado para a declaração de princípios das matérias relacionadas com o assunto”, disse.
Por seu turno, o chefe da delegação da Renamo, Saimone Macuiana, refutou as acusações de Pacheco, afirmando que, nos seus comícios, o líder da Renamo está apenas a apelar aos aos cidadãos moçambicanos para manterem a calma.
“Para o conhecimento do povo moçambicano e da comunidade internacional, queremos reiterar que Sua Excelência Afonso Dhlakama, em nenhum momento violou o acordo. Ele está apelando à calma de todos os Moçambicanos. Sua Excelência em nenhum momento violou o acordo".
Num outro desenvolvimento, Macuiana disse que a sua organização não quer acreditar que um Estado organizado tenha órgãos eleitorais que em tempo útil não consigam apresentar os editais.
"Alguém vai dizer que as eleições foram organizadas. Entendemos que a Procuradoria (Geral da República) devia fazer um trabalho para perceber como este órgão não consegue apresentar os editais”.
-0- PANA AIM/HT/SG/IZ 16dez2014