PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbios querem abrir nova página da sua história
Tripoli, Líbia (PANA) - As novas autoridades líbias preparam-se para proclamar este sábado a libertação total do país, inaugurando assim uma nova era de transição política na Líbia.
O Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio indicou que a proclamação da libertação total do país se fará após o controlo de Sirtes, cidade natal de Kadafi, ex-líder líbio morto esta quinta-feira na mesma zona.
A esta proclamação seguir-se-á a formação de um Governo de Transição Nacional que vai agrupar todas as sensibilidades e regiões do país com a missão de gerir o período interino que vai abranger a eleição de uma Assembleia Constituinte, num prazo de oito meses, e eleições gerais um ano mais tarde.
Após a euforia suscitada pela morte do coronel Muamar Kadafi, toda a noite de quinta a sexta-feiras, em várias cidades do país, os Líbios acordaram com a esperança de abrir uma nova página da história do seu país.
Todavia, o período pós-Kadafi parece cheio de numerosos obstáculos e de grandes desafios para as novas autoridades do país que os grandes dirigentes do mundo convidaram a construirem "uma nova Líbia democrática baseada no Estado de Direito".
As apreensões formuladas pelo secretário do comité executivo do CNT, Mahmoud Djibriul, para com o processo democrático em curso, provocaram um grande protesto no microcosmo político da Líbia.
Para a maioria dos atores políticos e socioprofissionais na Líbia, a população é bastante madura e o ideal da revolução de 17 de fevereiro, nomeadamente a instauração da liberdade, da igualidade e da justiça no âmbito de um Estado de Direito, continua vivo.
Numerosos observadores consideram que a existência de um grande movimento islamita constitui uma preocupação e poderá arrastar o país numa engrenagem da violência confissional.
Entre os outros desafios maiores figura o desarmamento das numerosas milícias que controlam atualmente a maioria das cidades e que apenas reconhecem mais ou menos a tutela do CNT.
A circulação de armas de fogo e a sua propagação entre a população representa uma ameaça séria atendendo aos graves riscos de guerra civil que isto poderá ocasionar se a questão não for resolvida de modo radical.
Segundo analistas, os meios materiais de que dispõe o país podem permitir-lhe rucuperar as armas em circulação e garantir uma reinserção social dos combatentes das milícias.
De qualquer modo, todos os olhares do mundo estão dirigidos para a Líbia a fim de avaliar o sucesso da sua revolução suscetível de servir de modelo a numerosos países atualmente assolados pela «primavera árabe».
-0- PANA BY/AAS/CJB/DD 21out2011
O Conselho Nacional de Transição (CNT) líbio indicou que a proclamação da libertação total do país se fará após o controlo de Sirtes, cidade natal de Kadafi, ex-líder líbio morto esta quinta-feira na mesma zona.
A esta proclamação seguir-se-á a formação de um Governo de Transição Nacional que vai agrupar todas as sensibilidades e regiões do país com a missão de gerir o período interino que vai abranger a eleição de uma Assembleia Constituinte, num prazo de oito meses, e eleições gerais um ano mais tarde.
Após a euforia suscitada pela morte do coronel Muamar Kadafi, toda a noite de quinta a sexta-feiras, em várias cidades do país, os Líbios acordaram com a esperança de abrir uma nova página da história do seu país.
Todavia, o período pós-Kadafi parece cheio de numerosos obstáculos e de grandes desafios para as novas autoridades do país que os grandes dirigentes do mundo convidaram a construirem "uma nova Líbia democrática baseada no Estado de Direito".
As apreensões formuladas pelo secretário do comité executivo do CNT, Mahmoud Djibriul, para com o processo democrático em curso, provocaram um grande protesto no microcosmo político da Líbia.
Para a maioria dos atores políticos e socioprofissionais na Líbia, a população é bastante madura e o ideal da revolução de 17 de fevereiro, nomeadamente a instauração da liberdade, da igualidade e da justiça no âmbito de um Estado de Direito, continua vivo.
Numerosos observadores consideram que a existência de um grande movimento islamita constitui uma preocupação e poderá arrastar o país numa engrenagem da violência confissional.
Entre os outros desafios maiores figura o desarmamento das numerosas milícias que controlam atualmente a maioria das cidades e que apenas reconhecem mais ou menos a tutela do CNT.
A circulação de armas de fogo e a sua propagação entre a população representa uma ameaça séria atendendo aos graves riscos de guerra civil que isto poderá ocasionar se a questão não for resolvida de modo radical.
Segundo analistas, os meios materiais de que dispõe o país podem permitir-lhe rucuperar as armas em circulação e garantir uma reinserção social dos combatentes das milícias.
De qualquer modo, todos os olhares do mundo estão dirigidos para a Líbia a fim de avaliar o sucesso da sua revolução suscetível de servir de modelo a numerosos países atualmente assolados pela «primavera árabe».
-0- PANA BY/AAS/CJB/DD 21out2011