Líbia quer processo da União do Magrebe Árabe retificado
Tripoli, Líbia (PANA) – O Governo líbio de União Nacional defende “retificação do processo da União do Magrebe Árabe (UMA)".
A posição líbia foi expressa domingo pelo ministério líbio dos Negócios Estrangeiros da Líbia, que assume a presidência rotativa da UMA, de que fazem parte Argélia, Líbia, Marrocos, Mauritânia e Tunísia.
A Líbia justifica esta posição por “considerar as circunstâncias da cena política atual e as mudanças no mundo e na região, ao se fazer face aos desafios existentes”.
A UMA, uma organização sub-regional destinada a favorecer uma integração política e socioeconómica dos povos da região, está em letargia, desde 2003, data da última cimeira dos seus líderes, devido, nomeadamente, a divergências que minam as relações entre a Argélia e Marrocos sobre a questão do Sara Ocidental.
Como prova do impasse nesta organização, há 16 anos que a Líbia assume a presidência rotativa da União, por não haver outro país aao qual ela possa passar o tesemunho.
Num comunicado publicado domingo à noite, por ocasião do 30.º aniversário da fundação da UMA, o ministério líbio dos Negócios Estrangeiros indicou que no seu país (enquanto presidente da União), "nós reiteramos o apelo aos Estados-membros para eles aproveitarem a oportunidade que reina atualmente e a convergência dos pontos de vista refletidos nas declarações construtivas para se ativar o sistema de ações magrebinas comuns”.
O comunicado acrescenta que "todos os Estados-membros, sem exceção, sublinharam a importância e a urgência de se organizar tão cedo quanto possível uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países da União”.
"Consultas são necessárias para aproximarmos cada vez mais os pontos de vista e acelerarmos o processo de trabalho a breve trecho”, lê-se na nota.
A UMA foi criada a 17 de fevereiro de 1989, na cidade marroquina de Marraquexe, com o objetivo de reforçar os laços fraternos que unem os Estados-membros e os seus respetivos povos, para realizarem o progresso e o bem-estar das suas sociedades e defenderem os seus direitos.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 18fev2019