PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbia prossegue campanha pela unificação de África
Tripoli- Líbia (PANA) -- Um ateliê para a recolha de contribuições sobre a criação dos Estados Unidos de África abriu este domingo, na capital líbia, Tripoli, com a participação de vários docentes universitários líbios e diplomatas estrangeiros acreditados no país.
O encontro é organizado pelo Centro Líbio de Pesquisas e Estudos Africanos sob o lema "Governo Federal Africano : Realidade e Perspectivas".
No seu discurso de abertura, Mohamed Al-Madani Al-Azhari, secretário- geral da Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianaos (CEN-SAD), formulou votos de que a próxima celebração do 10º aniversário da Declaração da Criação da UA, a 9 de Setembro de 1999, seja efectuada na presença dos membros do Governo Federal Africano.
Segundo ele, as populações africanas desenvolveram uma grande expectativa em torno da eventual tomada duma decisão histórica, pela próxima cimeira da União Africana (UA) em Addis Abeba, proclamando a formação do Governo Federal Africano.
Ele defendeu que o continente africano "já não pode esperar mais de 50 anos, após a criação da ex-Organização de Unidade Africana (OUA), e 10 anos após o lançamento da UA para buscar a sua unidade".
"África encontra-se actualmente na encruzilhada e já não pode permitir-se a funcionar com o modelo da ex-OUA, contentando-se com reuniões e encontros consultivos que nunca culminam em decisões executórias", disse, lembrando as tragédias e os atrasos impostos a África pela colonização que "destruiu o continente e pilhou os seus recursos".
Sublinhou a necessidade de África se dotar dum instrumento executivo capaz de lhe garantir uma maior complementaridade e um maior peso para influenciar o curso dos acontecimentos "num mundo que reconhece apenas os espaços gigantes".
A título ilustrativo, deplorou que "África gaste anualmente 15 biliões de dólares americanos em 53 Exércitos que não conseguem defendê-la nem conter os apetites hegemónicos das potências estrangeiras que se ingerem nos seus assuntos internos e aumentam os focos de tensão".
Por seu turno, o director do Centro Líbio de Pesquisas e Estudos Africanos, Al-Hadi Dalli, insistiu na necessidade de conjugar todos os esforços para servir o continente a fim de o fazer sair do círculo de atrasos e subdesenvolvimento.
Indicou que a conclusão da construção das estruturas e instituições da UA é uma questão decisiva, "para coroar os esforços envidados pelo líder Muamar Kadafi para a unificação do continente".
O ateliê está a reflectir sobre a importância da criação do Governo africano, devendo adoptar recomendações a presentar à próxima cimeira da UA em Addis Abeba para ajudar os líderes africanos nas discussões sobre o governo continental rumo à criação dos Estados Unidos de África.
O programa deste ateliê de um dia articula-se em torno de várias comunicações apresentadas por professores universitários líbios e por diplomatas africanos em serviço em Tripoli, seguidas por debates.
O Centro de Pesquisas e Estudos Africanos foi, lembre-se, criado em 1983 e depende do Centro Mundial dos Estudos e Pesquisas sobre o "Livro Verde", obra publicada em 1975 pelo líder líbio que expõe a sua teoria duma democracia directa baseada nos chamados "comités populares".
O encontro é organizado pelo Centro Líbio de Pesquisas e Estudos Africanos sob o lema "Governo Federal Africano : Realidade e Perspectivas".
No seu discurso de abertura, Mohamed Al-Madani Al-Azhari, secretário- geral da Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianaos (CEN-SAD), formulou votos de que a próxima celebração do 10º aniversário da Declaração da Criação da UA, a 9 de Setembro de 1999, seja efectuada na presença dos membros do Governo Federal Africano.
Segundo ele, as populações africanas desenvolveram uma grande expectativa em torno da eventual tomada duma decisão histórica, pela próxima cimeira da União Africana (UA) em Addis Abeba, proclamando a formação do Governo Federal Africano.
Ele defendeu que o continente africano "já não pode esperar mais de 50 anos, após a criação da ex-Organização de Unidade Africana (OUA), e 10 anos após o lançamento da UA para buscar a sua unidade".
"África encontra-se actualmente na encruzilhada e já não pode permitir-se a funcionar com o modelo da ex-OUA, contentando-se com reuniões e encontros consultivos que nunca culminam em decisões executórias", disse, lembrando as tragédias e os atrasos impostos a África pela colonização que "destruiu o continente e pilhou os seus recursos".
Sublinhou a necessidade de África se dotar dum instrumento executivo capaz de lhe garantir uma maior complementaridade e um maior peso para influenciar o curso dos acontecimentos "num mundo que reconhece apenas os espaços gigantes".
A título ilustrativo, deplorou que "África gaste anualmente 15 biliões de dólares americanos em 53 Exércitos que não conseguem defendê-la nem conter os apetites hegemónicos das potências estrangeiras que se ingerem nos seus assuntos internos e aumentam os focos de tensão".
Por seu turno, o director do Centro Líbio de Pesquisas e Estudos Africanos, Al-Hadi Dalli, insistiu na necessidade de conjugar todos os esforços para servir o continente a fim de o fazer sair do círculo de atrasos e subdesenvolvimento.
Indicou que a conclusão da construção das estruturas e instituições da UA é uma questão decisiva, "para coroar os esforços envidados pelo líder Muamar Kadafi para a unificação do continente".
O ateliê está a reflectir sobre a importância da criação do Governo africano, devendo adoptar recomendações a presentar à próxima cimeira da UA em Addis Abeba para ajudar os líderes africanos nas discussões sobre o governo continental rumo à criação dos Estados Unidos de África.
O programa deste ateliê de um dia articula-se em torno de várias comunicações apresentadas por professores universitários líbios e por diplomatas africanos em serviço em Tripoli, seguidas por debates.
O Centro de Pesquisas e Estudos Africanos foi, lembre-se, criado em 1983 e depende do Centro Mundial dos Estudos e Pesquisas sobre o "Livro Verde", obra publicada em 1975 pelo líder líbio que expõe a sua teoria duma democracia directa baseada nos chamados "comités populares".