Agência Panafricana de Notícias

Líbia pede consolidação de relações com União Europeia

Tripoli- Líbia (PANA) -- O Comité Popular Geral líbio sublinhou quarta-feira à noite, em Tripoli, a sua vontade de consolidar as relações com os países europeus que apoiaram a Líbia no seu diferendo com a Suíça e a sua posição no seio da União Europeia (UE).
O secretário líbio das Relações Internacionais, Moussa Koussa, já saudou, nas festividades do povo líbio por ocasião da comemoração do poder do povo a 2 de Março de 2010, a solidariedade de várias organizações internacionais e países com a posição líbia.
Segungo ele, estas organizações e países marcaram o seu desacordo com a Suíça que acabava de emitir uma lista negra de 188 personaliades líbias incluindo Muamar Kadafi e a sua família, proibidas de entrada no espaço Schengen.
Trata-se nomeadamente da Itália, de Malta, de Portugal, da Espanha, da Turquia, da Eslovénia, da União do Magrebe Árabe (UMA), da Liga dos Estados Árabes, da Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianos (CEN-SAD), da União Africana (UA) e da Organização da Conferência Islâmica (OCI).
Koussa prestou igualmente homenagem aos esforços de mediação empreendidos pela Alemanha e por outros países como a Grã-Bretanha e França, afirmando que os Estados europeus compreendem "a atitude clara e franca" da Líbia ao serviço dos interesses recíprocos.
O Comité Popular decidiu, na sua reunião de quarta-feira à noite em Tripoli, em expressão da sua gratidão a esta posição, trabalhar para alcançar rapidamente um acordo-quadro de cooperação e de parceria entre a Líbia e a UE para desenvolver as relações entre as duas partes nos domínios políticos, económicos e sociais.
A presidência da UE, ocupada pela Espanha, anunciou a 27 de Março último, a anulação da lista negra que englobou nomes de cidadãos líbios inscritos no registo do sistema de dados dos vistos do espaço Schengen.
Num comunicado, a presidência rotativa da UE indicou que "a disposição supracitada foi tomada por um país membro do espaço Schengen e não membro da UE que não está implicada neste assunto", em alusão à lista negra suíça.
Com efeito, a presidência europeia demarcou-se da medida suíça e apresentou as suas desculpas, bem como deplorou os desagrados que uma tal decisão pode causar aos cidadãos líbios.
O comunicado da UE manifestou a sua esperança de alcançar a assinatura dum acordo-quadro de parceria euro líbia e a sua vontade de preservar as relações naturais entre a Líbia e a UE.