PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbia homenageia ex-ministro dos Negócios Estrangeiros morto durante regime de Kadafi
Tripoli, Líbia (PANA) – O Ministério líbio dos Negócios Estrangeiros anunciou, num comunicado, a organização a 2 de dezembro próximo duma cerimónia de homenagem a um antigo ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Rachid Monsour Al-Kikha, que foi um fervente opositor ao regime de Muamar Kadafi e cujos restos mortais foram descobertos 19 anos após o seu desaparecimento.
A data de 2 de dezembro corresponde com o aniversário do nascimento de Al-Kikha, cujos restos mortais serão, imediatamente após a cerimónia a ser organizada em Tripoli, transferidos para Benghazi, a sua cidade natal.
As autoridades líbias anunciaram, na semana passada, ter descoberto os restos mortais de Mansour Al-Kikha no jardim duma casa em Tripoli na sequência de declarações do chefe dos Serviços de Inteligência líbia sob o regime de Kadafi, Abdel Lahi Al-Senoussi, atualmente em detenção em Tripoli.
Al-Senoussi foi entregue às autoridades líbia pela Mauritânia, onde ele se tinha refugiado.
O Ministério líbio dos Negócios Estrangeiros afirma no comunicado que «o regime do deposto tirano sequestrou Al-Kikha durante vários anos, durante os quais ele sofreu diversos tipos de tortura antes de o matar e esconder os seus restos mortais, o que demonstra que Kadafi tinha mais medo dele morto do que vivo ».
O comunicado prestou uma vibrante homenagem à luta lançada pelo ex-chefe da diplomacia face ao regime do antigo ditador, acrescentando que «Al-Kikha foi um exemplo do cidadão líbio. Ele consagrou a sua vida ao serviço do seu país e do seu povo. Ele sacrificou a sua vida no altar dos seus princípios fazendo face a um regime de terror ».
As autoridades líbias descobriram os restos mortais de Al-Kikha 19 anos após o seu desaparecimento numa casa reservada aos Serviços da Inteligência do antigo regime.
Os testes ADN efetuados nos restos mortais em Sarajevo foram positivos e correspondem aos dos seus filhos, segundo o irmão do finado ministro, Mahmoud Al-Kikah, numa entrevista condedida ao semanário «Almaydane » de Benghazi.
Al-Kikha foi sequestrado em 1993 no Egito, quando participava numa conferência internacional, por membros dos Serviços de Inteligência Líbia dirigidos por Al-Senoussi, segundo informações fornecidas por diferentes fontes.
O sequestro foi executado com a cumplicidade dos responsáveis dos Serviços de Inteligência egípcia sob o regime do deposto Presidente, Hosni Mubarak.
O ex-Presidente norte-americano, Bill Clinton, interveio neste caso, pois a esposa de Al-Kikha é de nacionalidade americana.
Fontes dos serviços de segurança que interrogam Al-Senoussi afirmam que o opositor líbio, que tinha abandonado o regime de Kadafi e se recusou depois a negociar com o antigo ditador apesar das pressões e ameaças contra ele, teria sido assassinado em 1997.
No entanto, a sua família duvida da versão dada por Al-Senoussi, que afirma que ele morreu de morte natural e exige das autoridades líbias a versão verdadeira.
-0- PANA AD/IN/AAS/FK/TON 24nov2012
A data de 2 de dezembro corresponde com o aniversário do nascimento de Al-Kikha, cujos restos mortais serão, imediatamente após a cerimónia a ser organizada em Tripoli, transferidos para Benghazi, a sua cidade natal.
As autoridades líbias anunciaram, na semana passada, ter descoberto os restos mortais de Mansour Al-Kikha no jardim duma casa em Tripoli na sequência de declarações do chefe dos Serviços de Inteligência líbia sob o regime de Kadafi, Abdel Lahi Al-Senoussi, atualmente em detenção em Tripoli.
Al-Senoussi foi entregue às autoridades líbia pela Mauritânia, onde ele se tinha refugiado.
O Ministério líbio dos Negócios Estrangeiros afirma no comunicado que «o regime do deposto tirano sequestrou Al-Kikha durante vários anos, durante os quais ele sofreu diversos tipos de tortura antes de o matar e esconder os seus restos mortais, o que demonstra que Kadafi tinha mais medo dele morto do que vivo ».
O comunicado prestou uma vibrante homenagem à luta lançada pelo ex-chefe da diplomacia face ao regime do antigo ditador, acrescentando que «Al-Kikha foi um exemplo do cidadão líbio. Ele consagrou a sua vida ao serviço do seu país e do seu povo. Ele sacrificou a sua vida no altar dos seus princípios fazendo face a um regime de terror ».
As autoridades líbias descobriram os restos mortais de Al-Kikha 19 anos após o seu desaparecimento numa casa reservada aos Serviços da Inteligência do antigo regime.
Os testes ADN efetuados nos restos mortais em Sarajevo foram positivos e correspondem aos dos seus filhos, segundo o irmão do finado ministro, Mahmoud Al-Kikah, numa entrevista condedida ao semanário «Almaydane » de Benghazi.
Al-Kikha foi sequestrado em 1993 no Egito, quando participava numa conferência internacional, por membros dos Serviços de Inteligência Líbia dirigidos por Al-Senoussi, segundo informações fornecidas por diferentes fontes.
O sequestro foi executado com a cumplicidade dos responsáveis dos Serviços de Inteligência egípcia sob o regime do deposto Presidente, Hosni Mubarak.
O ex-Presidente norte-americano, Bill Clinton, interveio neste caso, pois a esposa de Al-Kikha é de nacionalidade americana.
Fontes dos serviços de segurança que interrogam Al-Senoussi afirmam que o opositor líbio, que tinha abandonado o regime de Kadafi e se recusou depois a negociar com o antigo ditador apesar das pressões e ameaças contra ele, teria sido assassinado em 1997.
No entanto, a sua família duvida da versão dada por Al-Senoussi, que afirma que ele morreu de morte natural e exige das autoridades líbias a versão verdadeira.
-0- PANA AD/IN/AAS/FK/TON 24nov2012