Bruxelas, Bélgica (PANA) - A Líbia esteve no centro da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia, na segunda-feira, em Bruxelas, durante a qual o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa e de Segurança Comum (PESC), Josep Borrell, apresentou uma carta do enviado especial da ONU à Líbia, Ghassan Salamé.
Na sua última carta, Salamé descreve a situação de segurança na Líbia como "muito má", uma vez que o cessar-fogo acordado pelas partes em conflito na cimeira de Berlim não está a ser respeitado.
Os combates violentos continuam, colocando as tropas do marechal Khalifa Haftar contra as forças que apoiam Fayez al-Sarraj, o chefe do Governo de Unidade Nacional baseando em Tripoli e reconhecido pela comunidade internacional.
Segundo Josep Borrell, citando Ghassan Salamé, o embargo de armas à Líbia não é respeitado.
Os ministros europeus dos Negócios Estrangeiros decidiram relançar a operação naval no Mediterrâneo para localizar os navios que violam o embargo.
Os navios europeus voltarão a patrulhar o mar Mediterrâneo, mas a Áustria e a Itália reservam-se o direito de se oporem à operação naval, se virem um afluxo maciço de migrantes africanos a deixar a Líbia.
Armas de guerra destinadas aos beligerantes chegam à Líbia pelas vias marítima, aérea e terrestre provenientes do sul líbio.
-0- PANA AK/JSG/DIM/IZ 18fev2020