Líbia denuncia atitudes do Ocidente face ao Islão

Sirtes- Líbia (PANA) -- A Líbia denunciou quinta-feira diferentes manobras de alteração do Islão e campanhas contra os muçulmanos levadas a cabo por certos Ocidentais.
Esta denúncia foi feita pelo secretário do Comité Popular Geral líbio das Relações Exteriores e Cooperação Internacional, Moussa Koussa, em Sirtes, centro da Líbia.
Intervindo durante a cerimónia de abertura de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Líga Árabe, Koussa pronunciou-se igualmente sobre ofensas ao profeta Maomé (fundador do Islão) em certas imprensas e periódicos europeus financiados por "correntes odiosas".
O chefe da diplomacia líbia insurgiu-se ainda contra a medida tomada pela Suíça de interditar a construção de minaretes.
A seu ver, isto constitui o extremismo religioso em relação ao Islão e aos muçulmanos, a incapacidade do Ocidente de distinguir a noção de jihad e o terrorismo.
Koussa referiu-se ao comportamento da Suíça que maltratou diplomatas líbios e sequestrou cidadãos suíços para os impedir de comparecerem diante da justiça líbia.
Ele aludiu assim à crise entre a Líbia e a Suíça, bem como a recusa desta última de conceder vistos de entrada no espaço Shengen aos responsáveis líbios, nomeadamente o seu líder.
O chefe da diplomacia líbia qualificou o comportamento dos Suíços de "sem precedentes" nas relações internacionais norteadas por nenuma lei.
Ele exigiu uma posição firme de todos os países que pautem pela concórdia e boas relações entre diferentes partes da comunidade internacional.