PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbia condiciona operação naval europeia contra migrantes em suas águas à sua anuência
Beidha , Líbia (PANA) – O Governo interino líbio opôs-se segunda-feira última a qualquer operação marítima que a União Europeia (UE) pretende empreender contra a emigração ilegal se ela não for aplicada em coordenação com autoridades líbias.
A operação militar da UE, batizada "EU Navfor Med" (para Força Naval Europeia no Mediterrâneo), consiste no desdobramento de navios de guerra e de aviões de controlo pertencentes às forças armadas europeias ao largo das costas da Líbia, referiu-se o Governo líbio.
« Qualquer ação militar relativa à emigração clandestina deverá ser realizada em cooperação com as autoridades competentes líbias », afirmou o porta-voz do Governo interino, Hatem al-Oreibi, citado por jornais líbios.
Acrescentou que «o Governo não aceitára nenhuma violação da soberania da Líbia e rejeita a ideia de bombardear barcos por considerações humanas, visto que ele pode afetar a atividade dos pescadores líbios pondo a sua vida em perigo ».
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE decidiram segunda-feira última à noite lançar uma operação militar naval no Mediterrâneo, destinada a verificar barcos de traficantes de seres humanos, neutralizá-los e confiscar seus equipamentos utilizados para esta prática.
Um comunicado dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros dos países indicou que a UE Navfor Med será utilizada «para destruir o modelo económico » do tráfico de migrantes, graças ao esforço automático de reconhecimento, ao confisco de barcos ou equipamentos utilizados por contrabandistas.
A missão europeia far-se-á no quadro do direito internacional e com o consentimento das autoridades líbias, lê-se na nota.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) assinalou que mais de 34 mil e 500 emigrantes chegaram à Itália desde o início do ano de 2015 enquanto mil e 800 morreram ou foram dados como desaparecidos, ou seja mais da metade das mortes registadas em 2014.
Uma onda sem precedentes de candidatos à imigração clandestina na Europa abateu-se nas últimas semanas, das costas da Líbia para a Europa, terminando geralmente de maneira trágica com mais de mil e 800 pessoas mortos durante estas travessias a bordo de embarcações obsoletas.
A UE depositou um projeto de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) destinado a obter o seu aval para lançar uma ação militar que consiste em destruir barcos de traficantes de seres humanos antes de partir da costa líbia.
-0- PANA BY/TBM/SOC/FK/DD 19maio2015
A operação militar da UE, batizada "EU Navfor Med" (para Força Naval Europeia no Mediterrâneo), consiste no desdobramento de navios de guerra e de aviões de controlo pertencentes às forças armadas europeias ao largo das costas da Líbia, referiu-se o Governo líbio.
« Qualquer ação militar relativa à emigração clandestina deverá ser realizada em cooperação com as autoridades competentes líbias », afirmou o porta-voz do Governo interino, Hatem al-Oreibi, citado por jornais líbios.
Acrescentou que «o Governo não aceitára nenhuma violação da soberania da Líbia e rejeita a ideia de bombardear barcos por considerações humanas, visto que ele pode afetar a atividade dos pescadores líbios pondo a sua vida em perigo ».
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da UE decidiram segunda-feira última à noite lançar uma operação militar naval no Mediterrâneo, destinada a verificar barcos de traficantes de seres humanos, neutralizá-los e confiscar seus equipamentos utilizados para esta prática.
Um comunicado dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros dos países indicou que a UE Navfor Med será utilizada «para destruir o modelo económico » do tráfico de migrantes, graças ao esforço automático de reconhecimento, ao confisco de barcos ou equipamentos utilizados por contrabandistas.
A missão europeia far-se-á no quadro do direito internacional e com o consentimento das autoridades líbias, lê-se na nota.
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) assinalou que mais de 34 mil e 500 emigrantes chegaram à Itália desde o início do ano de 2015 enquanto mil e 800 morreram ou foram dados como desaparecidos, ou seja mais da metade das mortes registadas em 2014.
Uma onda sem precedentes de candidatos à imigração clandestina na Europa abateu-se nas últimas semanas, das costas da Líbia para a Europa, terminando geralmente de maneira trágica com mais de mil e 800 pessoas mortos durante estas travessias a bordo de embarcações obsoletas.
A UE depositou um projeto de resolução no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) destinado a obter o seu aval para lançar uma ação militar que consiste em destruir barcos de traficantes de seres humanos antes de partir da costa líbia.
-0- PANA BY/TBM/SOC/FK/DD 19maio2015