PANAPRESS
Agência Panafricana de Notícias
Líbia condena detenção de seu cidadão por Estados Unidos
Tripoli, Líbia (PANA) – O Governo líbio condenou vigorosamente, esta quarta-feira, a captura no seu território pelos Estados Unidos dum islamita líbio suspeito de ser responsável pelo ataque terrorista contra o Consulado norte-americano em Benghazi em setembro de 2012, reclamando pela sua devolução para ser julgado na Líbia.
« O Governo líbio condenou a detenção pelos Estados Unidos de Ahmed Abou Khatala », indicou um comunicado lido esta quarta-feira pelo vice-ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Said Al-Assoued, na presença do seu colega da Justiça, Salah Al-Marghani.
No comunicado, o Governo diz não ter sido informado sobre a operação realizada domingo último por forças especiais norte-americanas para capturar Ahmed Abou Khatala em Benghazi (leste), tendo denunciado uma violação da sua soberania.
O Governo líbio pediu aos Estados Unidos para garantir a saúde e a integridade física do acusado assegurando os seus direitos jurídicos e reiterou o direito da Líbia de julgar Abou Khatala.
O ministro da Justiça indicou, por sua vez, que Ahmed Abou Khatala é objeto dum mandado de captura, bem como outras pessoas, sublinhando que ele deve ser julgado na Líbia por qualquer acusação de que ele for objeto.
Ele acrescentou que a falta de aplicação das ordens jurídicas se explica pela situação de segurança em Benghazi que o Governo tenta circunscrever, apelando às partes para respeitar a lei.
« Esperamos do mundo que ele nos ajude na instauração da segurança e esperamos que os Estados Unidos, enquanto país amigo, nos ajudem em vez de contribuir para perturbar a situação de segurança no país », defendeu.
A 11 de setembro de 2012, um ataque terrorista, um dos mais violentos contra interesses estrangeiros na Líbia, visou o Consulado norte-americano em Benghazi, matando o embaixador, Chris Steven, e três outros diplomatas norte-americanos.
O Congresso norte-americano, sob a pressão dos republicanos, ordenou recentemente a formação duma comissão de inquérito sobre as circunstâncias deste ataque imputado à rede terrorista Al-Qaeda e no qual a administração do Presidente Barack Obama foi acusada de negligência.
Este é o segundo raide executado pelas forças especiais norte-americanas na Líbia, após a captura em outubro de 2013 de Abou Anas Al-Libi , um dos supostos líderes da Al-Qaeda procurado pelos Estados Unidos pela sua implicação nos ataques mortais de 1998 contra as embaixadas norte-americanas na Tanzânia e no Quénia.
De seu verdadeiro nome Nazih Abdul Hamed Al-Raghi, ele está a ser julgado no distrito de Washington no quadro do atentado contra as embaixadas norte-americanas.
-0- PANA BY/IS/FK/TON 18junho2014
« O Governo líbio condenou a detenção pelos Estados Unidos de Ahmed Abou Khatala », indicou um comunicado lido esta quarta-feira pelo vice-ministro líbio dos Negócios Estrangeiros, Said Al-Assoued, na presença do seu colega da Justiça, Salah Al-Marghani.
No comunicado, o Governo diz não ter sido informado sobre a operação realizada domingo último por forças especiais norte-americanas para capturar Ahmed Abou Khatala em Benghazi (leste), tendo denunciado uma violação da sua soberania.
O Governo líbio pediu aos Estados Unidos para garantir a saúde e a integridade física do acusado assegurando os seus direitos jurídicos e reiterou o direito da Líbia de julgar Abou Khatala.
O ministro da Justiça indicou, por sua vez, que Ahmed Abou Khatala é objeto dum mandado de captura, bem como outras pessoas, sublinhando que ele deve ser julgado na Líbia por qualquer acusação de que ele for objeto.
Ele acrescentou que a falta de aplicação das ordens jurídicas se explica pela situação de segurança em Benghazi que o Governo tenta circunscrever, apelando às partes para respeitar a lei.
« Esperamos do mundo que ele nos ajude na instauração da segurança e esperamos que os Estados Unidos, enquanto país amigo, nos ajudem em vez de contribuir para perturbar a situação de segurança no país », defendeu.
A 11 de setembro de 2012, um ataque terrorista, um dos mais violentos contra interesses estrangeiros na Líbia, visou o Consulado norte-americano em Benghazi, matando o embaixador, Chris Steven, e três outros diplomatas norte-americanos.
O Congresso norte-americano, sob a pressão dos republicanos, ordenou recentemente a formação duma comissão de inquérito sobre as circunstâncias deste ataque imputado à rede terrorista Al-Qaeda e no qual a administração do Presidente Barack Obama foi acusada de negligência.
Este é o segundo raide executado pelas forças especiais norte-americanas na Líbia, após a captura em outubro de 2013 de Abou Anas Al-Libi , um dos supostos líderes da Al-Qaeda procurado pelos Estados Unidos pela sua implicação nos ataques mortais de 1998 contra as embaixadas norte-americanas na Tanzânia e no Quénia.
De seu verdadeiro nome Nazih Abdul Hamed Al-Raghi, ele está a ser julgado no distrito de Washington no quadro do atentado contra as embaixadas norte-americanas.
-0- PANA BY/IS/FK/TON 18junho2014