Agência Panafricana de Notícias

Líbia condena ataque contra Consulado do Egito em Benghazi

Tripoli, Líbia (PANA) – O Ministério líbio dos Negócios Estrangeiros condenou o ataque ao explosivo ocorrido sábado contra o Consulado do Egito em Benghazi (leste da Líbia), e declarou que ele “não prejudicará as relações sólidas entre os dois países irmãos”.

Segundo o porta-voz dos Serviços de Segurança líbios em Benghazi, o coronel Abdallah al-Zandy, o Consulado do Egito, situado no bairro Al-Fuwayhat, no centro de Benghazi, foi alvo dum engenho explosivo lançado sábado à tarde por desconhecidos a bordo dum veículo, causando danos a nível da vedação do Consulado e destruindo vários veículos estacionados diante das instalações.

Num comunicado de imprensa, o Ministério qualificou o ataque "de ato criminal contrário aos valores e as tradições do povo líbio", exprimindo às autoridades egípcias a pena de Governo líbio e prometendo-lhes um inquérito para identificar e proceder a detenção dos autores deste ataque.

Na sequência deste ataque, o Governo líbio indicou que a Líbia "respeita tudo o que reflita o consenso expresso pelo povo egípcio", fazendo observar no entanto que o que está a acontecer no Egito « é um assunto interno deste país.

Ele exprimiu também a sua "profunda pena e a sua grande dor pelas vidas humanas perdidas e o sangue derramado", desejando "a segurança e a estabilidade para o Egito".

Do seu lado, a Confraria da Irmandade Muçulmano na Líbia divulgou um comunicado no qual ela exprimiu a sua "profunda pena pelos acontecimentos sangrentos e terríveis que estão a ocorrer no Egito nestes últimos dias, acontecimentos resultantes da forma desumana como as autoridades egípcias, na origem do recente golpe de Estado, reprimiram sangrentamente as manifestações e as marchas pacíficas organizadas pelos apoiantes da legalidade".

A Irmandade Muçulmana que residem na Líbia pediram ao Congresso Nacional Geral (Parlamento líbio) e ao Governo líbio para "condenarem a forma criminal utilizada pelas autoridades militares egípcias para dispersar as marchas pacíficas dos apoiantes do deposto Presidente Mohammed Morsi em Rabaa al-Adaziy e em Nahda, provocando centenas de mortos e milhares de feridos bem como numerosas detenções".

-0- PANA AD/IN/SSB/FK/DD 18agosto2013