Líbia abre inquérito sobre tortura de cidadãos egípcios
Trípoli, Líbia (PANA) - Um inquérito foi aberto na Líbia sobre um vídeo publicado nas redes sociais a mostrar um grupo de trabalhadores egípcios detidos e torturados num local não especificado, na Líbia, anunciou segunda-feira o Ministério do Interior, em Tripoli.
Num comunicado publicado domingo à noite, o Ministério indica ter encarregado “a Brigada de Investigação Criminal e a Direção-Geral das Operações de Segurança de investigarem sobre os factos alegados.
No entanto, o Ministério denunciou já estes supostos factos, considerando-os como "um ato criminoso que viola todas as cartas e leis locais e internacionais".
Sublinou igualmente que "tais factos não alterarão as relações estreitas entre os povos egípcio e líbio e mas que só prejudicarão aqueles que os buscam para fins e interesses pessoais.”
O Ministério do Interior do Governo de União Nacional lançou um apelo a todos aqueles que possam ajudar a identificar os autores ou detê-los, prometendo uma recompensa financeira de 20 mil dinares (mais de 14,2 mil dólares americanos).
Comentando, por sua vez, o vídeo em causa, o porta-voz do Comando Geral do autoproclamado Exército Nacional líbio, instalado no leste, o general Ahmed al-Mesmari, sublinhou que “aqueles que cometeram estes atos não representam a Líbia nem os Líbios.”
O general al-Mismari pediu à Missão de Apoio das Nações Unidas na Líbia (MANUL) para reagir a este vídeo “como ela cometou as valas comuns descobertas em Tarhouna (noroeste)”.
-0- PANA BY/JSG/FK/DD 15 junho2020